sábado, 31 de janeiro de 2009

Carta Denúncia de perseguição e tentativa de criminalização por defender a autonomia e os direitos das mulheres

Vimos a público denunciar um processo de perseguição e tentativa de criminalizar nossas integrantes e ainda de procurar desacreditar publicamente nossa organização.

Fomos alvo de uma denúncia sob a acusação de fazer apologia ao aborto e facilitação de crime. A denúncia foi feita anonimamente por alguém que participou de uma palestra que Rosângela Talib proferiu na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Curitiba. Essa pessoa, através de e-mail, notificou a promotoria de ! justiça do estado do Paraná, que, por sua vez, acatou a denuncia. A justificativa da denúncia é que a integrante de Católicas, Rosângela Aparecida Talib, teria dito que na organização informamos às mulheres quais profissionais e serviços prestam atendimento seguro.

Esclarecemos, no entanto, que Rosangela Aparecida Talib, a denunciada, coordena um trabalho de sensibilização e capacitação de profissionais e demais pessoas dos setores que atuam no atendimento de mulheres vítimas de violência sexual, visando a contribuir para a ampliação e melhoria dos serviços de aborto legal no país - previsto em lei. Não só ela, como todas nós, de Católicas, quando indagadas pelas mulheres, informamos sobre a legislação e os locais de funcionamento dos serviços de aborto legal. Além disso, atuamos politicamente, exercendo a nossa cidadania, para que o aborto deixe de ser considerado crime naqueles casos não previstos em lei, e, para que as mulheres, especialmente as pobres, possam ter atendimento nos hospitais públicos, evitando assim que morram em decorrência da prática clandestina e insegura do aborto.

Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização não governamental feminista, desde 1993, luta por justiça social, articulada com outras organizações brasileiras, bem como atua para a conquista da autonomia das mulheres. Lutamos especialmente para garantir o direito de decidir de homens e mulheres sobre a sexualidade e a reprodução. Defendemos a pluralidade e o respeito às expressões religiosas, sem distinção. Defendemos o respeito à condição laica do Estado brasileiro como a única forma de garantir a cidadania de todos e todas.

Atuamos por uma política ampla e efetiva de saúde reprodutiva que garanta os meios efetivos de educação e acesso ao planejamento familiar. Defendemos que a decisão de uma mulher de interromper a gravidez seja respeitada como um direito.

Repudiamos a forma autoritária e inquisitória encadeada por grupos fundamentalistas com o claro propósito de evitar o debate social e realizar verdadeira perseguição às pessoas e organizações que buscam a conquista da liberdade e da emancipação de homens e mulheres.

Denunciamos a existência de um processo de perseguição em curso no Brasil, com o indiciamento de mais de mil mulheres no Mato Grosso do Sul, e com a aprovação na Câmara dos Deputados de uma CPI da inquisição (do aborto), em dezembro de 2008. Esta CPI quer utilizar o Congresso nacional como instrumento de criminalização das mulheres e das organizações que apóiam as lutas por autonomia das mulheres.

Fonte: sitio Catolicas pelo Direito de Decidir

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NOTA PÚBLICA - BASTA DE AGRESSÃO E CRIMINALIZAÇÃO DE POBRES E MOVIMENTOS SOCIAIS!

A cada dia aumentam os ataques do Governo Yeda. Desta vez, junto com o Prefeito José Fogaça, utilizou a BM para atacar estudantes, professores, trabalhadores que foram às ruas se manifestar contra o aumento abusivo da passagem de ônibus.

No dia 27 de janeiro, ocorreu mais uma feroz repressão por parte da polícia de Yeda. Contra estudantes, entre 13 e 20 anos. Cerca de 100 jovens, integrantes do comitê contra o aumento da passagem na capital, manifestavam-se contra a imposição de um aumento do transporte público sem o mínimo respeito à situação vivida pela população de Porto Alegre.
Em um momento de crise da economia, onde milhares de trabalhadores perderão seu emprego, com salários arrochados e no qual cresce o número de miseráveis, a Prefeitura da capital vem com mais um aumento, que vai pesar muito no bolso do trabalhador, impedindo até mesmo a busca por emprego.

Quando falamos em DIREITOS HUMANOS, ressaltamos a liberdade de expressão, da livre manifestação pública, inclusive garantida pela Constituição Federal. Mas, para os governantes de hoje as garantias constitucionais são usadas para proteger seus amigos corruptos, financiadores de suas campanhas eleitorais.
A história já nos mostrou que em regimes fascistas pessoas eram perseguidas, agredidas e mortas.

No episódio ocorrido no dia 27 de janeiro de 2009, em Porto Alegre, como em outros que ocorreram em 2008 com professores, lembranças destes regimes voltam à cabeça de milhares de pessoas. Lembranças de uma época onde não era possível discordar, pois quem discordava apanhava sem motivo nenhum, ou com motivos forjados para justificar o injustificável.

Os integrantes da BM também são trabalhadores, sofrem com baixos salários e falta de estrutura, mas são incitados pelo Comando, que para aplicar a política de Yeda, dissemina a agressão sistemática, a intolerância, o uso de armas de poder ofensivo sim, como as balas de borracha tão em voga. Nada justifica a brutalidade da BM. Além da orientação de seus comandantes, em especial da governadora, certamente sua atitude está provocada por péssimas condições de trabalho, exigências advindas do aumento da delinqüência fruto da crise social, da sobrecarga de trabalho e da impossibilidade de se manifestarem. Quem está pagando por isso é a população mais carente e aqueles que lutam contra o caos instalado pelo governo de plantão.

Jovens, negros, homossexuais, trabalhadores, pobres, têm sido alvo crescente. Querem impedir a luta do povo, pois quem detém o controle das empresas não quer diminuir seu lucro e, portanto, joga nas costas destes setores o peso do problema criado justamente pelos banqueiros e empresários. Não é a toa que no incêndio ocorrido na Vila Chocolatão, neste mês de janeiro, a BM impediu aos moradores já desesperados pelo ocorrido, com armas apontadas, a que as pessoas salvassem seus pertences. Um verdadeiro absurdo e atentado aos DIREITOS HUMANOS.

Lutamos sim por uma sociedade onde as pessoas possam ser livres, com seus direitos civis e políticos garantidos. Falar em DIREITOS HUMANOS é falar em uma sociedade onde a luta contra a exploração não seja um caso de polícia. Onde se tenha moradia digna, trabalho e salário compatível com as necessidades, momentos de lazer com a família, acesso a cultura, esporte, o que acaba sendo apenas um sonho para muitos.

Porto Alegre, que já foi capital do Fórum Social Mundial, um espaço de intercâmbio tão importante, está sendo palco de um DESgoverno, municipal e estadual, que não pode passar impune, já que sua democracia só serve para os interesses de meia dúzia de empresários. Para a população é a paulada. Fatos como a brutal agressão a um jovem em plena Salgado Filho, que já detido e algemado, foi espancado por 03 brigadianos, não podem continuar.

Não ao aumento do transporte coletivo. Transporte coletivo não é para dar lucro. É essencial para a população. Não vamos pagar pela crise dos capitalistas e banqueiros.

* fim da criminalização de pobres e movimentos sociais.
* Chega de cortes nos setores sociais como segurança pública, saúde, educação, moradia popular.
* Por melhores salários e condições aos trabalhadores da segurança pública.
* Que os agressores, comandantes e tenentes que coordenaram todas as agressões sejam punidos, BASTA DE IMPUNIDADE.

Roberto Seitenfus
Grupo Desobedeça GLBT – Direitos Humanos.
Ex Conselheiro de Direitos Humanos de Porto Alegre.
Integrante do comitê contra o aumento da passagem
Estudante de Direito.

Fonte: GRUPO DESOBEDEÇA GLBT Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil0XX 51 84334195
"Toda maneira de amor vale a pena"

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'Fragmentos Rodrigueanos' estréia no Teatro Renascença

Público ganha mais seis oportunidades para ver a surpreendente montagem da companhia gravataiense, que marca a estréia de Paulo Adriane na direção.

Embalada pela excelente recepção do público e da imprensa porto-alegrense, a Cia. de Atores Independentes, de Gravataí, retorna a Porto Alegre para mais seis apresentações do espetáculo teatral "Fragmentos Rodrigueanos", desta vez no Teatro Renascença (Rua Erico Veríssimo, 307), nos dias 30 e 31 de janeiro e 1º, 6, 7 e 8 de fevereiro, de sexta a domingo, às 21h.

Dirigida por Paulo Adriane, a montagem é uma adaptação de Anne Minuzzo para a obra "A Vida Como Ela É...", do jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues. No elenco, estão Glau Barros, Guilherme Ferrêra, João Pinheiro, Juliano Bitencourt, Karine Rocha, Marlise Damine, Roberta Leivas e Vitor Santantônio. (Confira o serviço no final).

FICHA TÉCNICA:
Direção: Paulo Adriane
Adaptação dos textos e assistência de direção: Anne Minuzzo
Elenco: Glau Barros, Guilherme Ferrêra, João Pinheiro, Juliano Bitencourt, Karine Rocha, Marlise Damine, Roberta Leivas e Vitor Santantônio
Trilha Sonora: Arthur Barbosa
Iluminação: Nara Maia
Figurinos: Glau Barros
Cenografia: Leandro Daitx
Coreografia: Guilherme Ferrêra
Criação Gráfica: Tânia Ruosas
Fotografias: Marilton Costae Hamilton Fialho
Produção: Paulo Adriane, Glau Barros e Leandro Daitx.

SERVIÇO:
O QUÊ: "Fragmentos Rodrigueanos", com a Cia. de Atores Independentes. Direção de Paulo Adriane
QUANDO? Dias 30 e 31 de janeiro e 1º, 6, 7 e 8 de fevereiro, às 21h
ONDE Teatro Renascença (Rua Erico Veríssimo, 307, Fone 32216622), em Porto Alegre.
QUANTO? R$ 15,00. À venda no local, nos dias de espetáculo. Desconto de 30% para o Clube do Assinante ZH + 1 acompanhante e estudantes. Idosos e classe teatral tem 50% de desconto.
DURAÇÃO: 1h30min
CENSURA: 12 anos
Possui sistema de ar refrigerado e estacionamento gratuito no local

INFORMAÇÕES:
Assessoria de Imprensa: Silvia Abreu (MTB 8679-4)- Fone: (51) 92772191 – silviaabreu.comunica@gmail.com

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Projeto Brincando com Arte

No mês de fevereiro o Projeto Brincando com Arte volta ao seu formato original de Segundas, Quartas e Sextas das 14h às 17h e viabilizamos as seguintes opções de investimento: Mensal 3X: R$450,00 - Mensal 2X: R$360,00 - 05 encontros até 13/02: R$200,00 - Taxa de material para fevereiro está incluída.

Não haverá atividade nos dias 02/02/2009 Feriado Navegantes e 23/02/2009 Segunda de Carnaval

Estaremos fazendo inscrições na secretaria do Espaço Arte-Ciência - Ligar para 3233-6599 ou 8124-5107 - Rua Miguel Couto, 770/Menino Deus

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Casos de Família traz à cena o Teatro do Oprimido

O Núcleo de Estudos do Teatro do Oprimido de Porto Alegre (NETO) apresenta o espetáculo Casos de Família, dentro do projeto As Várias Faces da Opressão.

A sessão acontece no dia 5 de fevereiro (quinta-feira), às 20h, na sala 502 da Usina do Gasômetro, com entrada franca. A distribuição de senhas inicia às 19h30.

A montagem é resultado da oficina Teatro - Fórum, baseada no método do Teatro do Oprimido, do teatrólogo Augusto Boal. O espetáculo é formado por três esquetes que abordam os temas violência familiar e homofobia.

Celso Veluza dirige o elenco formado por Tania Andolhe, Francisco dos Santos, Claudionir Borges, Ivanete Pereira dos Santos, Carmen Suzana Maioli, Ana Paula Dominski, Gustavo Pires Corrêa, Miriane Castilhos Oliveira, Jaqueline Mejolaro, Ana Paula Quodagnin e Angela P. Escosteguy.

O Teatro-Fórum
Teatro-Fórum é um espetáculo baseado em fatos reais, onde personagens, oprimidos e opressores, entram em conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. No confronto, o oprimido fracassa e o público é convidado (pelo facilitador da encenação) a entrar em cena e substituir o protagonista, em busca de alternativas para a solução do problema. É um jogo artístico e intelectual entre artistas e espectadores.

O espetáculo Casos de Família faz parte da programação do projeto Usina das Artes, promovido pela Secretaria Municipal da Cultura de Porto Alegre.

Mais informações: celso.veluza@gmail.com ou pelo (51) 9161 5014, com Celso Veluza.
www.teatro-do-oprimido.blogspot.com
Foto de Michele Rolim

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Acontecendo em 2008

Confira informações sobre encontros, seminários, cursos, concursos, prêmios, manifestações e muito mais...

2008

** Cultura: Seleção pública de projetos
** Lançamento do Livro: Inclusão Escolar: práticas & teorias
**
Lançamento Livros sobre Educação
** Encontro de 10 anos do Sistema Municipal de Ensino
** Feira do Artesantato Ação Voluntária Sinttel
** Vagas para extensão em Educação Popular e Gestão de Movimentos Sociais
** Cultura: Editais, Seleções, Prêmios...
** Ato de Lançamento do Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente – MoGDeMA
** LLAMADO A CONCURSO DE ENSAYOS "Los desafíos feministas en América latina"
** Curso de Formação Política - O que é o PT?
**
Interessados já podem se inscrever no ProUni
**
Inscrições abertas de seleção de projetos
** Eleições DCE Ufrgs
**
Prêmio de Ludicidade / Pontinhos de Cultura - brinquedotecas
** Doação de Brinquedos
** CURSO DE FORMAÇÃO POLÍTICA INTERNACIONAL
** 3ª MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA DO SUL
** Inscrições abertas para bolsas de aperfeiçoamento em artes, design e música
**
1º Encontro de Pais pela Inclusão Escolar
** Palestra Música e Literatura
** Palestra Fred Dretske e o ceticismo
** Ato Pela Libertação dos "Cinco Heróis Cubanos"
**
Cinema: Olhando o Arquipélago pela Lente Jovem
** Inscrições para o Financiamento Estudantil (Fies)
** Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero
** Philo Cine do IPA
** Encontro Educação de Jovens e Adultos - EJA
** Abertas as inscrições para o Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos
**
Inscrições abertas para o Prêmio Ajuris de Direitos Humanos
** Convivência Familiar para Abrigados - Porto Alegre prepara 7ª turma de Apadrinhamento Afetivo
** Casamento civil de gays poderá ser conquistado na Justiça Gaúcha
** Abertas inscrições para Mestrado em Gestão de Políticas Públicas - Univali
** Fernando Pessoa no Relendo a Literatura
** Censo Escolar da Educação Básica
** Prêmio Educação RS
** Programa de intercâmbio Brasil/França - Área: Engenharias
** Prêmio Escola 2008
** Inep recebe questionários do Enem
** Funarte distribui bolsas de estímulo à criação e à reflexão crítica sobre as artes
** Publicado o Edital do Encceja 2008
** Seleção de Músicos para Orquestra Filârmonica de São Bernardo do Campo
** Sobremesa Musical nas quartas-feiras
**
Pré-Vestibular Popular
**
Exposição Cavalo de Santo - Religiões afro-gaúchas
** Marcha dos Sem e Grito dos Excluídos - Na Defesa da Dignidade Humana
**
Protesto por atendimento em Posto de Saúde da Capital
** Audiência Pública sobre o Centro de Saúde Murialdo
** Lançamento do livro "Muitos caminhos, uma estrela: memórias de militantes do PT"
** Mestrado em Gestão de Políticas Públicas – Inscrições Abertas
**
Música de PoA 2008 - Concerto II - Eletroacústico e Improviso
** Câmara festeja 235 anos com atrações para o público
** IV Festival de Música incentiva a cidadania
** Segundo Encontro do Ciclo de Debates: Inclusão Escolar
** Mestrado para Alunos Especiais - Matrículas até dia 04 de Setembro
** Galeto da Terapia Comunitária
** Buarqueanas no Teatro de Câmara
** Prêmio Literário Casa das Américas 2009
** 7º Concurso de Contos
** Seminário: Novas Regras e Desafios para Serviços de Call Center
** Oficinas da Imaginação – A Cidade como Itinerário Filosófico
**
Seminário Estadual Paternidade Consciente
** Seminário A Educação da Criança no Século XXI
** Edital prevê R$ 3 milhões para ações em comunidades quilombolas
**
Mostra Fotográfica A luta pela Reforma Agrária no RS
** 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos
** Seminário Estadual Mulher no Poder
** Projetos Imagem e Comprador
** Diploma Mulher-Cidadã Bertha Lutz
** Seminário Nacional Mulher, Mídia e Controle Social
** Themis lança livros sobre Gênero
** Inclusão escolar - Ciclo de Debates
** I Seminário Integrado Educação e Saúde Coletiva
** Aniversário de Olívio Dutra
** Educação: Inscrições para o Proeja
** Ato Público em Defesa da Uergs
** Educação: Lançamento de Livro
** Seminário Estadual PT - Mulher no Poder
**Audiência Pública: A violência de Estado contra os movimentos sociais
** Seminários Temáticos Programa de Governo PT Porto Alegre
** Cultura: Mostra de Arte Urbana
** Lançamento do Cd Bailadêra, do grupo Maria Vai Com as Outras

** Educação: Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos do RS
** Música: Banda de Porto Alegre procura tecladista
**
2º Seminário de Estudos "Ações protetivas frente a um cotidiano de violências"
** Seminário "Saúde e democracia: participação política e institucionalidade democrática"
** Dieese seleciona
**
Seleção de Assessor Técnico na área de Economia
** Dança: Prêmio Klauss Vianna
** Cultura: Oficina de Realidade Mímica
** Oficina de Qualificação para Educadores Sociais
** Música: Seleção de Cantores
** Acampamento Farroupilha abre inscrições em julho
**
Seminário Estadual Controle Social da Imagem da Mulher na Mídia.
** Concurso Não Bata, Eduque!
**
Para Especialistas em violência de Gênero.
** Educação – Seleção de projetos.
** Educação – Seleção de projetos
** Prêmio Construindo a Igualdade de Gênero.
** 33º Congresso Estadual de Jornalistas.
** Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog.

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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

SOMOS é vítima de vandalismo por parte de grupo neonazista

A sede do Grupo SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade, de Porto Alegre, que trabalha na promoção e defesa dos Direitos Humanos da população LGBT - lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, foi vítima, na madrugada do dia 21 de janeiro de 2009, por um grupo de vândalos neonazistas, ainda não indentificados, que picharam com spray preto três cruzes suásticas a fachada da Instituição.

A suástica é hoje um símbolo que está associado ao resgate do nazismo e que prega, em sua ideologia, o ódio aos homossexuais, além de promover o anti-semitismo e o holocausto.

A Direção da Instituição acionou a Polícia Civil, providenciou o Boletim de Ocorrência e já comunicou o Poder Público, através da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Alexandre Böer, membro da direção da entidade e diretor da ABGLT para Região Sul, afirma: “Em tempos de busca pela paz, de luta por Direitos Humanos, em que temos tentado garantir o reconhecimento da igualdade entre os cidadãos brasileiros, ser vítima de tal violência denota o quanto ainda temos muito o que percorrer".

A direção da entidade manifestou preocupação de que esse ato tenha acontecido justo no mesmo dia da posse de Obama. "Pode ser uma grande coincidência, mas por tudo que temos visto de grupos neonazistas e de skinheads e suas manifestações de violência e intolerância com diversas minorias, temos que nos prevenir de possíveis agresões", conclui Böer.

Fonte: Alexandre Böer - celular: 8125.7536 / www.somos.org.br

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Travestis querem mais visibilidade

Buscando respeito e reivindicando direitos iguais é que travestis e transexuais irão estar nessa quinta-feira, 29 de janeiro, na esquina Democrática a partir das 18h para mostrar que é possível viver numa sociedade justa e igualitária e num mundo mais respeitoso e digno, independente da identidade de gênero e da orinetação sexual.

O evento está sendo organizado pela Igualdade - Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul, com apoio da ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e da ANTRA -Associação Nacional de Travestis e Transexuais. Este é um dia para dizer, também, que Basta de Transfobia e que as trans têm direito à inclusão social, direito a educação, vagas no mercado de trabalho, reconhecimento da Profissão de Profissionais do Sexo, e todos os outros direitos iguais a todas e todos cidadãos.

A ANTRA vêm marcando esta data através de suas afiliadas como o objetivo de dar maior visibilidade ao movimento das travestis e transexuais e suas demandas. Essa data nasceu em janeiro de 2004 por conta do lançamento da Campanha Nacional: Travesti e Respeito já.

Nesse ano a ANTRA em parceria com a ABGLT está iniciando uma campanha nacional para solicitar às secretarias de educação a criação de portarias que aceitem as travestis e transexuais adotarem os nomes sociais no âmbito e convívio escolar, iniciativa já adotada pioneiramente pelo estado do Pará. Os estados de Minas Gerais, Paraná e Piauí estão em fase de ajustes para a criação dessa portaria e alguns outros municípios também estão trabalhando já para essa iniciativa.

Além dessa campanha que ilustrará o dia Nacional da Visibilidade de Travestis, serão organizadas pelas associações diversas atividades como: pit stop, manifestações em parques, exposições, mostra de vídeos, paralisações em esquinas e ruas com mostra e distribuição de materiais informativos e educativos, audiências com gestores públicos, mostra de vídeos, rodas de conversas, seminários e etc.

Fonte: Alexandre Böer, Diretor da ABGLT para Região Sul Jornalista e Coord. Projetos SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade.

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O Apagão na Zona Norte

Na noite de segunda-feira (26/01) mais uma vez a zona norte de Porto Alegre, num verão foi alvo de um apagão, por sobrecarga em sua rede elétrica. foram mais de 04h sem luz, no bairro Pq. São Sebastião e no Jardim Lindóia o serviço só fo reestabelecido após as 04h da manhã. E mais uma vez o contribuinte foi lezado.

Porém isso poderia ser evitado, com um planejamento urbano sustentável, e aproveito esta nota para questionar algumas questões, como: Em 2006 por iniciativa da então vereadora Mônica Leal, a Câmara de Porto Alegre aprovou projeto que criava o Programa de Incentivos uso de Energia Solar nas Edificações com o objetivo de promover medidas necessárias ao fomento do uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia solar. E infelizmente até hoje não há decreto da Prefeitura regulamentando, pois estas panes de sobrecarga ocorreram no zona norte por dois motivos.

1º - A zona norte é o m2 mais habitado da cidade.
2º - Com um poder aquisitivo médio isso faz com que muitos moradores utilizem ar-condicionado ( e podemos incluir nessa crise também o chuveiro elétrico)

Há anos atrás já existe programa semelhante na Prefeitura de São Paulo que consiste em dar incentivos fiscais as construtoras para construirem adaptadas as unidades habitacionais ao uso de gás ou energia solar, e outro benefício direto para o povo, o morador que utilizar energia solar, tem um desconto no seu IPTU baseado na ecônomia de energia que seu sistema solar proporciona aos cofres públicos.

Imagine na zona norte da cidade, um mar de prédios e asfalto o quanto poderia se melhorar e racionalizar este uso, em virtude deste apagão a AMAL estará enviando hoje ao Prefeito Fogaça uma solicitação de regulamentação da projeto de Lei que cria este programa, "Porto Alegre não pode mais viver a era do jeitinho brasileiro, onde quando há uma crise se investe um pouco numa determinada área e tudo bem, precisamos começar de uma vez por todas a construir Porto Alegre para o Futuro" afirma o Presidente da AMAL, Daniel Kieling.

Contato - Daniel Kieling - Presidente da AMAL - 84077554

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Do site da Casa Branca

Do site da Casa Branca (Governo dos EUA) - (Tradução Lula Ramires)

Apoio à Comunidade LGBT
"Ao mesmo tempo em que já percorremos um longo caminho desde os tumultos de Stonewall em 1969, ainda temos muito o que fazer. Com excessiva frequencia, a questão dos direitos LGBT é explorada por aqueles que buscam nos dividir. Mas em sua essência, esta questão envolve nossa identidade enquanto norte-americanos. Diz respeito à indagação: esta nação vai viver à altura da promessa de igualdade feita por seus fundadores, tratando todos os seus cidadãos e cidadãs com dignidade e respeito?"
- Barack Obama em 1º de junho de 2007

Ampliar os Estatutos dos Crimes de Ódio: Em 2004, crimes contra cidadãos LGBT constituiram a terceira maior categoria de crimes de ódio reportados e representaram mais de 15% dos mesmos. O Presidente Obama co-patrocinou legislação para ampiar a jurisdição federal de modo a incluir crimes de ódio violentos perpetrados em função de raça, cor, religião, origem nacional, orientação sexual , identidade de gênero ou deficiência física. Como senador estadual, o Presidente Obama aprovou dura legislação que tornou ilegal os crimes de ódio e a conspiração para cometê-los.

Lutar contra a Discriminação no Ambiente de Trabalho: O Presidente Obama apoia a Lei Anti-Discriminatória no Emprego e acredita que nossas leis neste campo devem ser ampliadas de modo a abranger orientação sexual e identidade de gênero. Se por um lado um crescente número de empregadores estenderam benefícios aos parceiros do mesmo sexo de seus empregados, por outro a discriminação baseada na orientação sexual no ambiente de trabalho ocorre sem que haja mecanismo jurídico federal para coibi-la. O Presidente também patrocinou legislação no Senado Estadual de Illinois que proibe a discriminação no emprego por orientação sexual orientation.

Apoio a Uniões Civis Integrais e Direitos Federais aos Casais LGBT: O Presidente Obama apoia uniões civis integrais que garantem aos casais do mesmo sexo direitos legais e privilégios iguais aos dos heterossexuais casados. Obama também acredita que precisamos repelir a Lei de Defesa do Matrimônio e fazer valer a legislação que assegura que os mais de 1.100 benefícios e direitos legais federais atualmente proporcionados em função do casamento sejam estendidos aos casais do mesmo sexo em união civil e outras uniões legalmente reconhecidas. Estes direitos e benefícios incluem o direito de prestar assistência à pessoa amada em situações de emergência, o direito ao seguro de saúde e outros benefícios do emprego e direitos de propriedade.

Oposição à Proibição Constitucional do Casamento entre Pessoas do Mesmo Sexo: O Presidente Obama votou a Emenda Federal do Casamento em 2006 que definia o casamento como sendo entre um homem e uma mulher e impedia a extensão judicial de direitos similares ao do casamento a casais do mesmo sexo ou e a casais não legalmente casados.

Rejeição da Política "Nâo Pergunte, Não Conte": O Presidente Obama concorda com o ex-Presidente da Junta das Forças Armadas John Shalikashvili e outros especialistas militares de que precisamos repelir a política do "não pergunte, não conte". O requisito básico para o serviço militar deve ser o patriotismo, o senso de dever e vontade de servir. A discriminação deve ser proibida. O Governo dos EUA gastou milhões de dólares substituindo tropas expulsas das forças armadas em função de sua orientação sexual. Adicionalmente, mais de 300 especialistas em decifrar linguagem foram demitidos por causa desta política, inclusive mais de 50 que são fluentes em árabe. O Presidente trabalhará com os líderes militares para rejeitar a atual política e assegurar a concretizar nossos objetivos de defesa nacional.

Ampliar os Direitos de Adoção: O Presidente Obama acredita que devemos garantir direitos de adoção a todos os casais e indivíduos, independente de sua orientação sexual. Ele acha que uma criança se beneficiará ao ter um lar saudável e amoroso, sejam os pais ou mães homossexuais ou não.

Promover a Prevenção à Aids: No primeiro ano de sua presidência, o Presidente Obama desenvolverá e iniciará a implementação de uma estratégia nacional abrangente de combate ao HIV/Aids envolvendo todas as agências federais. A estratégia será desenhada de modo a reduzir as infecções pelo HIV, a aumentar o acesso ao atendimento e a reduzir as disparidades de saúde relacionadas ao HIV. O Presidente apoiará abordagens de bom senso entre elas educação sexual apropriada à faixa etária inclusive com informações sobre contracepção, combate à infecção entre a população prisional através da educação e contracepção bem como a distribuição de anticoncepcionais por meio do sistema público de saúde. O Presidente também apoia a suspensão da proibição federal quanto à troca de agulhas, que pode reduzir drasticamente as taxas de infecção entre usuários de droga. O Presidente Obama também está disposto a confrontar o estigma – frequentemente associado à homofobia – que continua a rondar o HIV/Aids.

Empoderar mulheres na Prevenção ao HIV/Aids: Nos Estados Unidos, o percentual de mulheres diagnosticadas com aids quadruplicou nos últimos 20 anos. Hoje, as mulheres representam mais de um quarto de todas os novos diagnósticos de HIV/Aids. O Presidente Obama apresentou a Lei de Desenvolvimento de Microbicidas, a qual acelera o desenvolvimento de produtos que empoderam as mulheres na batalha contra a aids. Os microbicidas são uma classe de produtos sendo pesquisados atualmente que as mulheres aplicam topicamente para imepdir a transmissão do HIV e outras infecções.

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Matrículas abertas para o Projovem Urbano

O Projovem Urbano está com matrículas abertas até março em todo o país. São mais de 250 mil vagas oferecidas em 22 estados e 82 municípios. Com duração de 18 meses, o programa é uma parceria do governo federal com os governos estaduais e municipais. A iniciativa destina-se a jovens de 18 a 29 anos, que sabem ler e escrever e não concluíram o Ensino Fundamental (EF). No RS são oferecidas 14,2 mil vagas em 23 cidades, incluindo Porto Alegre.

Para a matrícula, o candidato deve apresentar carteira de identidade ou certidão de nascimento. O Projovem Urbano é coordenado pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República, com execução a cargo do governo estadual ou municipal. Combina a formação do EF com iniciação profissional, práticas de cidadania e inclusão digital.

O aluno tem auxílio mensal de R$ 100,00, mediante estudo e frequência escolar.

Mais informes: 0800-7227777.

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Especialização em Ensino/Sexualidade

Abertas inscrições para especialização em Educação, Sexualidade e Relações de Gênero, na Faculdade de Educação da Ufrgs. A coordenadora, Rosângela Soares, explica que o curso pretende aprofundar conhecimentos na área, mantendo articulação com saúde, políticas de inclusão e direitos.

Os estudos serão entre abril/2009 e maio/2010, às sexta-feiras e aos sábados, totalizando 375 horas/aula.

Detalhes pelos fones (51) 3308-3428 e 3308-3270.

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HSBC seleciona projetos sociais de ONGs

O Instituto HSBC Solidariedade está com inscrições abertas, até 17 de fevereiro, para Seleção Future First. Serão selecionados projetos de organismos não governamentais que ofereçam abrigo e Educação a crianças em situação de rua ou moradoras de instituições de abrigamento. O Instituto investirá dez milhões de dólares, atendendo um milhão de crianças em 85 países.

O regulamento completo está no www.porummundomaisfeliz.org.br.

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Concurso Poético Expresso das Letras

Tendo como objetivo incentivar a produção literária em Porto Alegre e no interior do estado, a Editora Revolução Cultural está promovendo a 5ª edição do Concurso literário Expresso das Letras. No ano passado muitos trabalhos foram enviados para o concurso, sendo os melhores premiados com troféus e medalhas. O concurso é aberto a todos os interessados, independente da idade, sendo os trabalhos inéditos, somente na categoria poesia. Veja abaixo o regulamento do concurso.

INSCRIÇÕES
Será do período de 19/01 a 19/02/09, devendo os textos serem enviados somente via e-mail para o endereço eletrônico expressoletras@yahoo.com.br, contendo o nome completo do autor (a), idade, pseudônimo (se tiver), telefone para contato, e-mail e outras informações que quiser acrescentar. É importante frisar que só existe uma modalidade de inscrição: poesia. O tema é livre.

PREMIAÇÃO
Serão premiadas as três melhores poesias cujos autores ganharão troféus e diplomas. Serão concedidas medalhas de menções honrosas a outros destaques do concurso. A comissão organizadora buscará recursos junto à iniciativa privada e pública para tentar viabilizar a produção de um CD contendo as poesias classificadas, incluindo aí os premiados e menções honrosas. Se for confirmado posteriormente a gravação do CD, as poesias serão interpretadas por narrador oficial contratado pela Editora.

Nosso objetivo é divulgar a cultura literária e incentivar o nascimento de novos talentos das letras gaúchas. Os vencedores serão conhecidos no decorrer do mês de março e seus nomes e respectivas poesias serão divulgados na Internet, através de um site ainda a ser definido. Os prêmios serão entregues em cerimônia com sarau poético em local ainda a ser confirmado, mas na cidade de Porto Alegre.

Participe do Concurso Poético Expresso das Letras! Envie sua poesia para o e-mail expressoletras@yahoo.com.br.

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FUMPROARTE 2009

Já estão abertas as inscrições para o primeiro edital do Fumproarte em 2009. Você pode se inscrever, de 26 a 30 de janeiro, para a área de dança, circo e teatro. Será distribuído aproximadamente R$ 1 milhão para projetos artísticos e culturais.

Para mais informações acesse o site: http://www2.portoalegre.rs.gov.br/fumproarte/default.php?p_secao=19

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Programação Especial de Verão Santander Cultural

Aproveite a última semana de janeiro para curtir as atrações do projeto O Verão é Aqui!. São atividades especialíssimas que acontecem diariamente. Também não deixe de visitar a mostra Gilberto Freyre- Intérprete do Brasil e a exposição Ariano Suassuna: Iluminogravuras – A Estética Armorial. Últimas semanas!
A programação completa está disponível no site http://www.santandercultural.com.br/.

Diversas atividades são gratuitas!

CONVERSAS NO COFRE
Não perca a última edição do Conversas no Cofre! Na próxima quinta-feira, 29 de janeiro, às 18h30, você poderá participar do bate-papo Futebol-cabeça, com presença de José Miguel Wisnik. O músico, compositor, escritor e professor debaterá sobre filosofia, sociologia, crítica, psicanálise e futebol. Na ocasião, você também terá a oportunidade de participar do lançamento do livro Veneno Remédio - O Futebol e o Brasil, escrito por Wisnik. Luís Augusto Fischer, professor de Literatura Brasileira da UFGRS, e a escritora Cláudia Tajes vão comandar o encontro.

OFICINAS CRIATIVAS
Se você tem de 15 a 18 anos, participe, nos dias 27, 28 e 29 de janeiro, da oficina de bonecos O pano cansou de ser pano e virou boneco, ministrada por Ana Nunes, oficineira da Casa de Cultura Mário Quintana e da Descentralização da Cultura da Prefeitura Municipal. As culturas de Pernambuco e do Rio Grande do Sul vão inspirar a criação e produção de bonecos, nos mesmos moldes dos de Olinda e Recife. A atividade é gratuita e acontece sempre das 14h30 às 17h30. As vagas são limitadas a 20 pessoas por encontro, mediante ordem de inscrição feita pelos telefones (51) 3287-5940 e 3287-5941.

Só brincadeira
Participe também da Quarta-feira Alegre e Quinta-feira Só brincadeira, nos dias 28 e 29 de janeiro, às 15h00. As atrações também têm entrada franca e propõem atividades de música, criação, teatro e dramatizações, além de momentos de brincadeira de rua e jogos populares do universo lúdico brasileiro.

6º ENCONTRO DO PÚBLICO COM O CINEMA BRASILEIRO
A sexta edição da mostra Encontro do Público com Cinema Brasileiro continua apresentando uma seleção dos filmes nacionais mais destacados de 2008. Na próxima semana, que tem o samba como tema, você poderá assistir ao filme O Mistério do Samba que trata do cotidiano e das histórias da Velha Guarda da Portela. Também estão na programação Era uma vez..., de Breno Silveira e Mutum, de Sandra Kogut. Todas as sessões têm preço único de R$ 2,00.
Confira a programação:

26 a 28 jan - dom a qua
15h00 Era uma vez... Breno Silveira
17h00 O mistério do samba Carolina Jabor, Lula Buarque de Holanda
19h00 Mutum Sandra Kogut

29 a 31 jan - qui a sab
15h00 Mutum Sandra Kogut
17h00 Era uma vez... Breno Silveira
19h00 O mistério do samba Carolina Jabor, Lula Buarque de Holanda

IMAGENS FEMININAS
Se você está procurando opções de lazer e cultura em Porto Alegre, não deixe de conferir duas mostras recém inauguradas. Felipe Cama faz exposição na Galeria Lunara da Usina do Gasômetro (João Goulart, 551), até 1º de março, e Joarez Filho expõe na mostra Original Paintings and Abstracts, no Espaço B do TRT-RS (Praia de Belas, 1432), até 17 de fevereiro. O universo feminino é inspiração para os dois artistas. Confira!

Para outras informações sobre a programação do Santander Cultural:
http://www.santandercultural.com.br/

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Música - Seleção de Professores

A Escola Piano e Cia seleciona professores para oficinas de musicalização para alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental.
Interessados devem enviar currículo completo para o endereço pianoecia@gmail.com.

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Abertura Ano Legislativo da CMPA

A abertura do ano Legislativo,1ª Sessão Ordinária da XV Legislatura (2009 - 2012), e instalação da Comissão Especial do Plano Diretor, realizar-se-a às 14 horas do dia 4 de fevereiro de 2009, na Câmara Municipal de Porto Alegre, Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, na Avenida Loureiro da Silva, 255.

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domingo, 18 de janeiro de 2009

A Encenação do "fico" - Por Juremir Machado da Silva

Quarta-feira, 14 de Janeiro de 2009
TRANSCRIÇÃO DA COLUNA DE JUREMIR MACHADO NO CORREIO DO POVO.

O ano de 2009 promete: a secretária estadual de Educação, Mariza Abreu, declarou que para o bem geral do povo gaúcho fica no posto. Ufa! O Rio Grande do Sul não sabe se chora ou se ri. Na dúvida, fará as duas coisas ao mesmo tempo.
MarizaAbreu poderia ter virado um Jânio Quadros, que ameaçou sair para voltar nos braços do povo e acabou desempregado. Virou dom Pedro I. O nosso imperador por empréstimo de bobo nãotinha nada. O seu "fico", lançado em 9 de janeiro de 1822, não passou, segundo muitos historiadores, entre os quais o gaúcho Riopardense de Macedo, de uma encenação. A frase recitadapelo jovem Pedro fazia parte de uma jogada ensaiada: "Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".
Ficou e, passada a independência do Brasil, fez tudo errado e da maneira mais autoritária possível. Pedro I ouvia pouco e falava muito. Tratou de se livrar dos que postulavam uma monarquia mais liberal e impôs a sua Constituição.
O "fico" de Pedro I foi dirigido a membros da elite que desejavam a sua permanência no Brasil, contrariando as ordens vindas de Portugal. Esses formadores de opinião repassaram a frase ao povo. José Clemente Pereira, o mesmo que , 20 anos depois daria todas as condições para Caxias esmagar a RevoluçãoFarroupilha, foi quem orquestrou a situação e conduziu a massa.
Mariza Abreu disse que só ficaria se a sociedade lhe desse apoio. Os comentaristas do diário oficial da província vibraram com a sua permanência e juraram que o tal apoio foi dado. Por quem? Não se viu um só professor, um só aluno, um só pai ou mãe clamando pelo "fico" da mais nova encarnação de dom Pedro I.
O apoio capaz de manter a secretária no cargo deve ter vindo das encarnações atuais de José Clemente Pereira. Afinal, nos tempos que correm, o magistério é o novo vilão da novela.
Os professores são a Flora do nosso Pedro I. Se não forem controlados, acabará o déficit zero e o final feliz sonhado pelo governo irá para o exílio.Os atrasados que se imaginam modernos já começaram com odiscurso anacrônico da caça às bruxas. O plano milagroso da nossa Pedro I consiste em aumentar a produtividade do magistério sem lhe aumentar ganhos. Faz sentido. Professor trabalha pouco e ganha muito.
Nada mais fácil do que segurar uma galera sossega da em escolas tranquilas, sempre bem aparelhadas e com todo o tempo do mundo remunerado para preparar as aulas e corrigir os trabalhos em casa. É o que eu sempre digo: professor só cria problema.
Tem ainda a questão dos inativos. O ideal para os administradores modernos é desvincular salários de ativos e inativos. Assim, os aposentados podem chafurdar na miséria e na defesagem salarial sem correções paternalistas. Quem mandou não terem poupado uma boa parte dos altos proventos auferidos quando estavam em atividade?
Nós professores, somos um bando de preguiçosos, bem pagos e com baixa produtividade. Ameaçamos constantemente o equilíbrio financeiro do Estado. Não damos retorno. Somos investimento a fundo perdido. Quer dizer, não somos investimento. Ainda bem que dona Pedro I vai nos outorgar uma carta de princípios rigorosa e exemplar.
Nisso tudo, descontados os radicalismos, uma coisa é certa: a imprensa régia ficará com Pedro I até o fim.

Escrito por Juremir Machado da Silva em sua coluna no Correio do Povo de 13 de janeiro de 2009, terça-feira, página 3.

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sábado, 17 de janeiro de 2009

I Mostra de Verão do Cinema Francês

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul é uma das poucas universidades brasileiras a contar com uma sala de cinema.
A Sala Redenção (Rua Engenheiro Luis Englert, s/n), equipada para oferecer exibições na bitola 35mm, DVD e VHS, formato profissional, oferece à comunidade universitária e local, a exibição constante de filmes.

Neste ano de 2009 a Sala Redenção começa sua programação com boas novidades. Com as melhorias realizadas em seu espaço, no ano de 2008, ela estará em pleno funcionamento nos meses de janeiro e fevereiro.

Como 2009 será o ano da França no Brasil, o Departamento de Difusão Cultural, em parceria com a Aliança Francesa (www.cinefrance.com.br), irá oferecer à comunidade um Ciclo Especial de Cinema Francês, com curadoria de Christophe Benest.

Nesse Ciclo (entrada franca) serão projetados filmes contemporâneos, quase todos realizados nos últimos anos.

Em sintonia com a I Mostra de Cinema Francês, o Departamento de Difusão Cultural oferece à comunidade uma programação de animações e filmes franceses para crianças e adolescentes, com exibição às quartas-feiras.

Apoio Centro de Entretenimento E o vídeo Levou.

O QUÊ: I Mostra de Verão do Cinema Francês
QUANDO: De 13 de janeiro a 26 de fevereiro
ONDE: Sala Redenção (Rua Luiz Englert, s/n - Porto Alegre/RS)
ENTRADA FRANCA

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Concurso público para docente - Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

Entre os dias 14 de janeiro e 9 de fevereiro próximo estarão abertas as inscrições para o concurso público para docente do magistério superior da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), conforme o edital 01/2009.

Para a área musical, o Conservatório de Música foi contemplado com 4 vagas: composição musical, música eletroacústica, musicologia e etnomusicologia.

As informações detalhadas encontram-se no site http://www.ufpel.edu.br/pra/concursos/.

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Curso de Introdução ao sequenciamento MIDI

Ministrante: Prof. Luciano Zanatta

O sequenciador é uma das principais ferramentas da música instrumental e eletrônica. É utilizado mundialmente em estúdios de gravação e produção musical. Este curso proporciona ao músico conhecimento técnico e prático necessário para entender esta ferramenta. Todas as aulas são práticas visando a familiarização do aluno com os conceitos de sequenciamento e os inúmeros recursos do software CUBASE.

Inscrições: de 19 a 30 de janeiro de 2009, no CME - Centro de Música Eletrônica do Instituto de Artes da UFRGS - Rua Senhor dos Passos, 248/sala 61 - Centro - Porto Alegre/RS

Datas e horários: de 03 a 13 de fevereiro de 2009, das 14h às 16h, no CME
Vagas: 6
Valor: R$250,00, incluindo um exemplar do livro "Música Eletrônica" do professor Eloy Fritsch.
Pré-requisitos: prática musical com conhecimento básico de teoria. Na inscrição será realizada uma entrevista com o professor.

Maiores informações: Centro de Música Eletrônica do Instituto de Artes da UFRGS - Rua Senhor dos Passos, 248/sala 61 - Centro - Porto Alegre/RS
Fone: (51) 3308.4329 - E-mail: musica.eletronica@ufrgs.br

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Santander Cultural: Programação Especial de Verão

O projeto O Verão é Aqui! segue com atrações super legais para você aproveitar as férias em Porto Alegre. Confira a programação diária com atividades especiais sempre às terças, quartas e quintas-feiras:

Visite a mostra Gilberto Freyre- Intérprete do Brasil e a mostra Ariano Suassuna: Iluminogravuras – A Estética Armorial. Últimas semanas! A programação completa está disponível no site www.santandercultural.com.br.

Diversas atividades gratuitas, participe!

CICLO DE LEITURAS - A DRAMATURGIA DE ARIANO SUASSUNA
Na terça-feira, 20 de janeiro, o próxima texto do Ciclo de Leituras - A dramaturgia de Ariano Suassuna será a cômica peça Torturas de um Coração (1951), escrita em homenagem a esposa de Ariano, Zélia Suassuna. A direção é de Marcelo Adams, professor do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal de Santa Maria e coordenador da Cia. de Teatro ao Quadrado.
Não se esqueça! O Ciclo acontece sempre às 18h00, no espaço expositivo da mostra Ariano Suassuna: Iluminogravuras – A Estética Armorial. Entrada franca.

LANÇAMENTO DO LIVRO TROPICÁLIA
Não deixe de conferir o lançamento do livro Tropicália: gêneros, identidades, repertórios e linguagens que ocorre na também na terça-feira, 20 de janeiro, às 17h30, no Café do Cofre. A publicação é uma compilação sobre o tema da brasilidade assinada por sociólogos, antropólogos, artistas, jornalistas, arquitetos, semioticistas, filósofos, historiadores e críticos de teatro e cinema.

MÚSICA E CINEMA
O rock da banda porto-alegrense Damn Laser Vampires integra a programação de ‘música e cinema’ da próxima quarta-feira, 21 de janeiro. Formado em junho de 2005, o grupo estreou com o EP The Devil Is a Preacher e, em 2006, lançou a versão independente do álbum Gotham Beggars Syndicate. O show conta com a participação de convidados muito especiais: Frank Jorge (Cascaveletes), Marcelo Birck (Aristóteles e Ananias Jr.) e Jimi Joe. E não deixe de assistir, antes da apresentação, aos filmes Café com leite e Ainda Orangotangos (que conta com os Vampires na trilha).

CONVERSAS NO COFRE
A segunda edição do projeto Conversas no Cofre, ocorre na próxima quinta-feira, 22 de janeiro, às 18h30. No encontro, os escritores Luís Augusto Fischer e Claudia Tajes têm como convidado especial o premiadíssimo montador de cinema, escritor e roteirista Giba Assis Brasil. O enfoque do debate será a Literatura vai ao cinema. A idéia é falar sobre os livros que viram filmes, os filmes que não chegam tão longe quanto os livros, e os livros e filmes que se completam. Compareça, serão leituras, impressões e comentários sobre a literatura no cinema.

OFICINAS CRIATIVAS
De 20 a 22 de janeiro, participe da oficina de texto Reescrevendo Lendas Urbanas, ministrada por Ronald Augusto, poeta, músico, crítico de poesia e escritor. A atividade utilizada os contos da obra Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freyre, para relacionar as lendas pernambucanas com os mitos locais. A oficina tem inscrições gratuitas e é direcionada aos jovens de 15 a 18 anos. Mais informações e inscrições com a equipe da Ação Educativa do Santander Cultural, através dos telefones (51) 3287-5940 e (51) 3287-5941.

6º ENCONTRO DO PÚBLICO COM O CINEMA BRASILEIRO
O Encontro do público com o cinema brasileiro continua com a apresentação de filmes brasileiros. Não perca as exibições de Valsa para Bruno Stein, de Paulo Nascimento, filme inspirado no homônimo livro de Charles Kiefer; A dança da vida, de Juan Zapata, documentário sobre a vida sexual na terceira idade; Viva Volta, longa-metragem de Heloisa Passos sobre a trajetória do músico Raul de Souza; Chega de Saudade, longa de Laís Bodanzky premiado em Genebra 2008 como melhor filme; Última parada 174, de Bruno Barreto; Ainda Orangotangos, de Gustavo Spolidoro, premiado filme captado em plano seqüência; Café com leite, de Daniel Ribeiro; e Dias e noites, de Beto Souza. Todas as sessões têm preço único de R$ 2,00.

Dica do Santander Cultural

USINA DO GASÔMETRO 80 ANOS
A exposição Usina do Gasômetro 80 Anos marca as oito décadas de existência do maior pólo cultural da cidade. A construção que hoje abriga o Centro Cultural Usina do Gasômetro tem 11.300 m² e recebe um milhão de visitantes a cada ano. Na mostra você vai conhecer em detalhes a história do prédio, que nasceu como termelétrica e atualmente é uma usina de arte. Ao examinar o arquivo do jornal Correio do Povo, o historiador William Keffer descobriu que a Usina começou a operar em 15 de novembro de 1928, e não em 11 de novembro, como se pensava. Keffer é o responsável pela pesquisa e consultoria histórica da exposição. Aberta ao publico de 13 de janeiro a 22 de março, das 9h00 às 21h00. Aproveite! A entrada é franca.

FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO
A Fundação Iberê Camargo também está com uma programação especial para você aproveitar o verão em Porto Alegre. Até 28 de fevereiro, de terça a domingo, o Programa Educativo da Fundação oferece uma série de atividades gratuitas para adultos e crianças, que podem participar de visitas mediadas às exposições, sessões de vídeo e oficinas de desenho, pintura e colagem. Mais informações acesse o site http://www.iberecamargo.org.br/

Para outras informações sobre a programação do Santander Cultural:
www.santandercultural.com.br

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Teatro: "TRAVESSIA ENTRE NÓS"

Dia 24 de Janeiro (sábado) inicia às 20h no Centro Cultural Usina do Gasômetro em Porto Alegre, uma curtissima temporada, do espetáculo "TRAVESSIA ENTRE NÓS"

Fragmentos do livro "Assim Falava Zaratustra" do filósofo alemão Friedrich Nietzsche.

O monólogo conta as inúmeras faces do homem dentro e fora de seu universo, buscando uma reflexão sobre os valores mundanos no que tange a relação homem- sociedade. O trabalho aborda os conceitos de Estado, religião e a libertação do ser humano para uma nova fronteira (além do bem e do mal).O ator, um clow de nariz negro, um Zaratrustra contemporâneo, faz a travessia, modifica e cria uma ruptura do tempo cotidiano e nos conduz a pensar, refletir, ouvir o som da vida.É um teatro seco, cru, sem concessões de distração. É um teatro para os fortes.
Ator: Gabriel de Negreiros
Direção: Celso Veluza

Local: Centro Cultural Usina do Gasômetro - 5º andar, sala 502
Horário: 20h
Temporada: 24, 25, 31 de Janeiro e 1º, 7, 8, 14 e 15 de Fevereiro (sábados e domingos)
Valor dos ingressos: R$10,00

Contatos: celso.veluza@gmail.com ou 9161.5014 / www.veluza.multiply.com

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Seminário PT: Políticas Públicas para a Cultura e as Administrações Municipais

O Partido dos Trabalhadores do RS e sua Secretaria Setorial de Cultura – convidam para o Seminário: As Políticas Públicas para a Cultura e as Gestões Municipais. O evento acontecerá nos dias 20 e 21 de janeiro de 2009, em Porto Alegre , conforme programação abaixo.

O seminário visa à difusão, orientação e articulação dos programas e ações do Ministério da Cultura e a apresentação do Programa Mais Cultura – “PAC da Cultura” e de sua transversalidade. Serão realizadas oficinas de elaboração de projetos visando potencializar a captação de recursos, além da qualificação das administrações municipais dos governos do Partido dos Trabalhadores ou das administrações no qual está coligado.

Certos de contarmos com sua presença, solicitamos a confirmação pelo e-mail: seminariocultura.ptrs@gmail.com , informando: nome/cargo ou função/fone/e-mail/município.

Mais informações: Kuka Pereira – 51- 8172.5581 e Denise Viana Pereira - 51- 9682.5550.

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Hora de balanço na Capital

Terceiro ano de Fogaça e Porto Alegre permanece com uma gestão pública temerária, troca de secretários por denúncias de corrupção, atos administrativos que não respeitam os princípios de publicidade, igualdade, transparência.

Foi assim na crise dos PSFs, que resultou em troca de secretário, cuja contratação de Oscip segue com Inquérito Civil Público para averiguação da regularidade dos atos, que prejudicou milhares de cidadãos com a interrupção do atendimento da rede básica de saúde.

Assim como no Pró-jovem, que motivou o afastamento do Secretário de Juventude sob suspeita de desvio de recursos do Governo Federal, e está sob investigação do MP e PF. Assim é a situação nebulosa do Shopping Popular de Compras que, por anúncio do Secretário - a empresa que ganhou a concessão da área para abrigar os ambulantes, construiria também 230 vagas de estacionamento. Diante de denúncias ao MP, o mesmo secretário volta atrás, dizendo tratar-se de hipótese a ser levada a cabo por nova licitação.

Na capital da democracia participativa, a votação do Orçamento 2008 na Câmara mostra a verdadeira face de um governo que discursa democracia, mas negocia com vereadores emendas direcionando verbas para instituições de suas relações. Re-inaugurando a submissão da cidade às relações eleitorais e não mais sua relação autônoma com o orçamento público, rompendo com a história que inscreveu Porto Alegre no mundo!

É assim também que tira a legitimidade do Conselho da Criança e do Adolescente que, através de editais públicos e comissões paritárias destinava a verba pública para as políticas sociais. Esta imprescindível rede de atendimento é atingida e fragilizada por políticas pontuais e reativas, pela redução de investimentos e fragmentação de ações!

Resultado disso é o aumento de adolescentes e crianças nas sinaleiras, dormindo nas calçadas, fazendo casas nas pontes, parques e viadutos. Por mais complexo que seja o problema, a responsabilidade é da prefeitura pela extinção de programas como o Re-inserção na Atividade Produtiva – voltado aos adultos na rua; pela falência do Ingá Britta, abrigo municipal de adolescentes; pela ausência de políticas de moradia, saúde e geração de renda para esta população.

É por estas e outras tantas evidências, que 2007 deixa lembranças de perdas e mudanças para pior e que a cidadania estará mais atenta para que em 2008 se inverta este novo caminho que não condiz com a história desta valorosa cidade!

Sofia Cavedon – Vereadora PT - 18/02/08

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Escola boa de verdade!

O Programa Boa Escola para Todos, longe de propor soluções, é um acinte a professores e comunidade, pois desconhece a realidade das escolas e suas condições precárias, centrando seu investimento nas avaliações externas, sem ofertar condições mínimas de trabalho, onde se garanta a formação em serviço continuada que possibilite a reflexão da prática, o estudo, a troca de experiências através de profissionais qualificados e o acesso a materiais pedagógicos.

Aponta formação, mas como garantir desdobramento e continuidade se a escola não tem equipe pedagógica? É preciso investir em pessoal e não reduzir ao mínimo! Escola é boa para todos se tiver bibliotecas abertas, com bom acervo e muito utilizada! E a atual gestão está fazendo o inverso.

A SEC anuncia uma mudança de legislação do magistério. Quem a está elaborando? A lógica da premiação versus produtividade e atribuição de nota por desempenho não estimula qualidade e sim, consolida a situação da escola conforme seu contexto social. É preciso elevar de forma coletiva a qualidade da educação a partir da motivação e participação de todos na reflexão e construção do projeto pedagógico de cada escola.

De fato, uma das urgências da rede estadual é a necessidade de pesado investimento na estrutura material das escolas, reformas e reconstruções, equipamentos e segurança, e recursos para manutenção. São emblemáticas disto a condição do prédio do Instituto de Educação, e das Escolas Rafaela Remião/Lomba ou a Léa Rosa/Vila Mato Sampaio.

É preciso instalar processos transparentes e democráticos de decisão das prioridades de investimentos. As escolas não sabem quais os caminhos e critérios para a resolução de suas necessidades. Os diretores têm o direito de deixar de ser pedintes, de passar horas de espera na secretaria, de expedir milhares de ofícios, de mendigar parcerias submetendo-se a compromissos externos à rede pública de ensino em troca de recursos para ter condições de trabalho mínimas!

A escola será boa para todos se for democrática na sua gestão e na relação com a mantenedora. A desconfiança, suspeição que necessita de inspetoria – nas palavras da Secretária – em vez de parceria; as decisões apenas comunicadas e não construídas, não constituem clima de colaboração e construção coletiva e sim de revolta e resistência a mudanças.

Quem faz a escola boa é a própria escola e não existe saída se não for conquistada com investimento e respeito!

Sofia Cavedon – vereadora/PT

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Para ser professor, para ser professora

(Homenagem ao Dia do Professor)

É preciso muita paciência. E não é com os alunos, mas com a hipocrisia! Cansamos de ouvir que a educação é prioridade, que é a solução para todos os problemas, que foi com ela que o Japão tornou-se potência em tecnologia, que sua ausência e má qualidade é a causa do subdesenvolvimento brasileiro.

Todos têm opinião sobre a educação, escrevem artigos, dão palestras, expõem planos de governo: os economistas, os médicos, os advogados, os colunistas, os políticos. Muitos, sem ter noção do que acontece na sala de aula, no processo ensino-aprendizagem. Noção disto, pra quê? Basta aplicar testes nos alunos para ver se sabem. É como verificar uma produção de saias, de copos, de feijão. Estabelecer um ranking de qualidade, padronizar procedimentos, distribuir cartilhas, planos de trabalho, livros didáticos e tornar o professor um “dador de aulas” como afirma o doutor em educação Sérgio Haddad. E verificar o resultado depois.

É o gerencialismo tardio no Brasil, que vem da indústria, se espalha na educação, na saúde, na cultura. Trata-se de separar quem planeja de quem executa e, através de consultorias, e pelo ranquiamento, controlar o trabalho e o produto. Na contra-mão de nossa luta pela gestão democrática, por mais investimentos em educação, surge nova onda de enxugamento dos custos da educação, com controle externo do trabalho dos professores. Anula-se o professor como agente, como produtor de conhecimento, de cultura e ideologia. Retira-se da educação sua essência que é o processo de humanização, de construção de sujeitos, de diálogo e de garantia das diferenças.

É preciso muita luta. Pois mesmo o que é duramente conquistado como o Piso Nacional Profissional, é desrespeitado e combatido pelos governos de plantão. Os mesmos governos que fecham bibliotecas, retiram apoio pedagógico, deixam o professor sozinho com sua turma, sem horário de planejamento, sem grupo para refletir e aprimorar sua prática. É preciso luta, pois os espaços de trabalho estão cada vez mais empobrecidos, os recursos pedagógicos cada vez menores, o plano de carreira desrespeitado.

É preciso muito amor. Para suportar ser tão desrespeitado e mesmo assim atuar com criatividade, empenho, entusiasmo e respeito diante de cada aluno, seus pais, a comunidade. Para preparar suas aulas sabendo que sequer será perguntado sobre como será avaliado seu trabalho! É preciso coragem para ser professor e para ser professora! A eles e a elas, nossa homenagem!

Sofia Cavedon – vereadora PT

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Greve pela educação - Artigo da Sofia

O magistério estadual tem noção do que está em jogo neste momento. Não se trata de um determinado índice de reajuste, de uma gratificação ou pauta regional. Sua coragem vem da dimensão que o Piso Salarial Profissional tem para a mudança decisiva da educação brasileira. Com o Fundeb – Fundo de Educação Básica e o Piso – persistindo a luta por mais recursos e aprofundando o debate da qualidade - o Brasil ensaia o maior passo já dado para colocar a educação num nível de fato correspondente aos desafios de seu desenvolvimento humano e material.

O dramático para nós é que é do Rio Grande do Sul que parte a iniciativa de uma ação Direta de Inconstitucionalidade do Piso e a Regulamentação que o descaracteriza no seu papel de ser base inicial de carreira e vantagens que sigam estimulando e valorizando o trabalhador da educação! Do mesmo estado que lidera as avaliações públicas de desempenho dos alunos, mas que sabe dos enormes índices de reprovação e evasão escolar e precisa, portanto, investir muito mais. Estes indicadores são reflexos da dura realidade enfrentada para o desenvolvimento do processo ensino -aprendizagem e das políticas públicas que ali interagem, ou não. As situações de vulnerabilidade comunitária, principalmente nos centros urbanos, entram na escola com os alunos.

Dois anos de Governo Ieda/Mariza não reconheceram estas necessidades, ao contrário, aprofundaram as dificuldades com a retirada de pessoal pedagógico, com o cancelamento do concurso e proliferação dos contratos temporários, com a enturmação e ausência de formação para o conjunto dos trabalhadores. O envio do Projeto de Lei sobre o Piso em regime de urgência e o anúncio de mudanças na carreira, foi o estopim de uma situação de inconformidade e falta de diálogo.

Enfim, um governo que provoca para que a categoria não encerre a greve. A rispidez, intransigência e absoluta falta de tato da Secretária de Educação e sua determinação em punir os professores, demonstram um descaso e irresponsabilidade com os pais e alunos incomparável com qualquer outro momento da educação neste estado. Na reunião com o Comando de Greve na quinta-feira passada, depois que a Assembléia Legislativa havia se comprometido em não votar neste período os projetos relativos à categoria, o único ponto que faltava era o abono dos dias parados. Detalhe muito pequeno diante da gravidade do magistério em greve.

Tratando-se de uma categoria que sempre recuperou as aulas! A Secretária não deseja o fim da greve! E quem paga o preço é a sociedade gaúcha!

Sofia Cavedon – Vereadora do PT / Presidente da Comissão de Educação da Câmara de Porto Alegre.

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quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

ENTREVISTA: CHICO DE OLIVEIRA

Matéria da Editoria Política da Revista Carta Maior publicada no dia 12/01/2009

"Vargas redefiniu o país na crise de 30; a chance é que o PT faça o mesmo na primeira grande crise da globalização"

Em entrevista à Carta Maior, Chico de Oliveira analisa o que considera ser a primeira grande crise da globalização capitalista. "Estamos diante de algo maior que a própria manifestação financeira da crise; algo que persistirá para além dela e condicionará todos os passos da história neste século", afirma. O sociólogo torce para que o PT tenha coragem e capacidade para ajudar o país a deflagrar um ciclo inédito de investimento pesado na economia. "Algo como criar cinco Embraer's por ano", exemplifica.

Redação - Carta Maior - Data: 06/01/2009

Dona Joventina preconizava para o filho Francisco Maria Cavalcanti de Oliveira uma carreira venturosa no sacerdócio. Chico, porém, era apenas um em uma prole de onze; isso deve ter facilitado a desobediência ao roteiro materno. O desvio do percurso o levaria ao engajamento profano que começou com a adesão ao Partido Socialista, aos 20 anos de idade; mas nem por isso a rota gauche o afastou da leitura dos evangelhos. É tomando emprestado a palavra dos profetas que o sociólogo nascido em 7 de novembro de 1933, em Recife, companheiro de Celso Furtado no início da Sudene, fundador do PT e do PSOL, hoje um analista mordaz de ambos com reflexões que incomodam mas não são ignoradas, resume as esperanças –“talvez fosse melhor dizer a torcida”, retifica— em relação ao papel que a esquerda brasileira, especificamente o PT, poderá jogar diante do que classifica como a “primeira grande crise da globalização capitalista”.

“Aproveitai as riquezas da iniqüidade, aproveitai”, acentua o sociólogo, doutor honoris causa pela USP e pela UFRJ. Chico adiciona à evocação de São Paulo um sentido de engajamento que resume a brecha diante da qual, à moda gramsciana - cético na razão, otimista na ação, torce por um aggiornamento do projeto petista para a sociedade brasileira.

“Naturalmente, todas as outras crises foram globais devido ao peso da centralidade capitalista no processo, mas essa”, observa com entusiasmo intelectual na voz, “é a primeira crise da globalização do capital; uma crise de realização do valor que tem na derrocada financeira sua epiderme mais visível, mas não a essencial”.

O cerne do colapso sistêmico decorreria, no seu entender, da fantástica ampliação da fronteira da mais-valia nos últimos 20 anos. “Oitocentos milhões de pares de braços foram incorporados ao mercado de trabalho mundial com o avanço econômico da China e da Índia”, dimensiona. A riqueza produzida por esse perímetro dilatado da exploração capitalista –“que alia salários miseráveis à tecnologia de ponta”-- agregaria ao sistema “uma usina de extração de mais-valia relativa de proporções inauditas”. Um fluxo incapaz de se realizar nos mercados de origem, “onde é muito baixo o custo de reprodução da mão-de-obra”.

O sociólogo extrai daí a convicção de que se trata de uma crise do modo de produção no apogeu da globalização capitalista. Não apenas uma derrapada na gestão financeira do sistema, como acreditariam analistas da própria esquerda. Se a potencialização da mais-valia gerou sobras de capital na periferia para sustentar o déficit norte-americano –a China tem US$ 1,1 trilhão investido em títulos do Tesouro - e barateou o consumo no coração do império, numa endogamia até certo ponto vitoriosa, por outro lado não elevou os salários de ricos, nem de pobres. Ao contrário, depauperou o mundo do trabalho urbi e orbe. “A quebradeira imobiliária é um sintoma dessa contradição clássica, amplificada, entre a globalização do valor e a impossibilidade de realizá-lo na mesma escala porque não há poder aquisitivo equivalente, nem na periferia nem no núcleo do sistema”, reafirma.

Chico pede calma ao entusiasmo afoito; não, ele não antevê um horizonte de derrocada final do capitalismo –“não se destrói o capitalismo, o capitalismo se supera”, reporta a Marx. Mas os dias que correm sinalizariam no seu entender uma inegável e brutal reacomodação de forças em escala planetária; aquilo que, insiste, será periodizado no futuro como a primeira grande crise da globalização capitalista. É aí que enxerga um hiato no hegemon norte-americano. A trinca descortina também uma fresta de esperança política —“torcida”, como ele prefere-- em seu ceticismo intelectual. É através dela que Chico contempla a oportunidade crucial para o país, para a esquerda e para o PT –“aproveitai as riquezas da iniqüidade, aproveitai ...”

A urgência norte-americana em lamber as próprias feridas – “disso será feito em boa parte o governo Obama”— inaugura uma janela obrigatória de rediscussão do desenvolvimento brasileiro. É valioso lembrar que o raciocínio parte do autor de um texto clássico da radiografia analítica do desenvolvimento nacional. É de 1975 seu famoso ensaio “Economia brasileira: crítica da razão dualista”. Com ele, e com o golpe de 64 fechou-se o ciclo da crença na existência de dois brasis, um capitalista, outro atrasado, dualidade que legitimaria sonhos reformistas desastrosos ancorados na suposta existência e disposição modernizante de uma burguesia nacional “aliada”.

O hiato de reacomodação capitalista que se abre agora, ao contrário, reservaria à esquerda, no seu entendimento, uma paradoxal possibilidade de repetir a história modernizante , mas não como farsa –“o que seria uma tragédia”-- e sim como ousadia e criatividade condensadas em um projeto democrático popular. “Trata-se de recriar um 1930 do século XXI”. A alegoria serve apenas para resumir o torque que se cobra das forças dispostas a superar a crise como requisito obrigatório para derrotar a coalização conservadora liderada pelo PSDB em 2010. “Na grande crise capitalista de 1930 tivemos uma reordenação do desenvolvimento brasileiro enfiada goela abaixo da plutocracia paulista”, lembra Chico de Oliveira para dar o crédito à visão de estadista de Getúlio Vargas. “Aquele foi um projeto arquiteto por cima; desta vez trata-se de fazer uma reordenação tão profunda,ou maior; mas induzida por baixo, pelas forças sociais da base da sociedade brasileira em nosso tempo”.

O PT, no seu entender, seria o operador desse aggiornamento histórico do desenvolvimento. “É quem dispõe de massa e de liderança, enquanto os demais agrupamentos socialistas constituiriam a ponta de lança instigadora do processo”. Em defesa provocativa dessa tese, o sociólogo exemplifica cobrando a metamorfose daquilo que já caracterizou, no calor do debate político, como “uma nova classe”: “O PT tem a força sindical; a estrutura sindical tem todos os fundos de pensão sob seu controle”, cutuca. A chance de emancipação do país na atual crise seria uma inusitada demonstração de competência e ousadia política da esquerda na canalização de fundos públicos para deflagrar um ciclo inédito de investimento pesado na economia. “Falo em se criar algo como cinco EMBRAERs por ano; acelerar o crescimento e dar um novo rumo à economia e à sociedade”, entusiasma-se no seu raciocínio. “Se um estancieiro gaúcho fez isso na crise de 1930 porque uma Dilma, que honestamente só conheço através da má vontade explícita da mídia; ou, quem sabe, um Gabrielli (presidente da Petrobrás), não poderiam ser instrumentalizados para fazê-lo na crise atual?”. A pergunta recebe da mesma voz uma ponderação pausada: “Devemos tratar essa possibilidade com uma discussão ampla e aberta; não oficialista, tampouco sectária, menos ainda cravejada de acusações entre petistas e não petistas. O que está em jogo é uma reacomodação brutal de forças; se ela devolver o poder aos tucanos aí sim estaremos fritos: eles ficarão aí mais dez anos”.

Leia a seguir trechos da entrevista de Francisco de Oliveira à Carta Maior:

Carta Maior - A crise financeira atual repõe a centralidade do trabalho, ou seja, devolve à esquerda o sujeito histórico que ele acreditava ter se esfarelado na história?
Chico de Oliveira - Na verdade, não concordo que essa seja uma crise financeira; tampouco acho que a sua origem esteja nos mercados financeiros centrais. A meu ver estamos diante de uma crise da globalização do capital. Todas as outras também foram crises globais, claro, devido à centralidade do capitalismo norte-americano. Mas essa crise não floresce exatamente num ponto geográfico; à rigor, se formos localizá-la seria na incorporação da mais-valia gerada na China e na Índia nos últimos vinte anos; novidade esta que influenciou o conjunto da globalização capitalista e redundou no atual colapso; uma crise de realização do valor. O sintoma financeiro é sua manifestação mais evidente, mas não a sua essência.

CM - A essência seria o barateamento da mão-de-obra mundial?
Chico - A essência é a impossibilidade de realizar o valor gerado por ela; ou seja a mais-valia extraída da incorporação adicional de 800 milhões de novos operários baratos ao mercado de trabalho mundial. Isso produziu uma revolução na medida em que dobrou ou triplicou a oferta de mão-de-obra oferecida ao capitalismo, dilatando a fronteira da mais-valia, sem contudo propiciar uma expansão equivalente da capacidade de realizá-la.

CM - Por quê?
Chico - Porque o custo de reprodução de mão-de-obra nas sociedades onde se expande a nova fronteira da mais-valia, casos da China e da Índia, principalmente, é muito baixo, ainda que a exploração esteja aliada à tecnologia de ponta. Estamos diante de uma crise clássica de realização do valor, amplificada; uma crise da globalização capitalista. O colapso das hipotecas nos EUA é a manifestação disso. De um lado, a produção na China e na Índia barateou o consumo norte-americano; propiciou também sobras de capital na periferia para financiar o Tesouro dos EUA. A China sozinha tem mais de US$ 1 trilhão aplicado em papéis do governo Bush. De onde saiu esse dinheiro? Certamente não foi geração espontânea. É mais-valia extraída do operário chinês que não se realiza lá porque o custo de reprodução da mão-de-obra local é baixíssimo.

CM - Mas a crise não marca o esgotamento dessa endogamia China/EUA?
Chico - Ela funcionou bem durante algum tempo e continuará a girar porque é proveitosa aos dois lados. Ao mesmo tempo a engrenagem esfarela o mundo do trabalho urbi e orbe; os assalariados norte-americanos simplesmente não têm fonte de renda para o padrão de consumo que ainda desfrutam; estão devolvendo casas e vão morar em garagens coletivas, dentro dos seus carros. Obama teria que elevar brutalmente o poder aquisitivo dessa gente para contornar a crise. Fará isso? Honestamente, não sei dizer. O fato é que as implicações desse processo devem ser estudadas cuidadosamente; estamos diante de algo maior que a própria manifestação financeira da crise; algo que persistirá para além dela e condicionará todos os passos da história neste século

(NR – CM levantou alguns dados que reforçam as preocupações de Chico de Oliveira: a incorporação ao mercado capitalista da produção chinesa, indiana e de países da antiga União Soviética colocou trabalhadores de todo mundo em concorrência internacional direta pela primeira vez na história; trabalhadores ocidentais tornaram-se minoria num mercado mundial que ganhou 1,2 bilhão de operários adicionais nos últimos 30 anos; 350 milhões de trabalhadores treinados, e mais caros, do Ocidente, responsáveis pela maior parcela da produção global até recentemente, estão sendo desalojados de empregos e salários; das 3 bilhões de pessoas ativas no mercado global hoje, metade ganha menos de US$ 3 por dia.

A China, a nova oficina do mundo, tem um custo/hora do trabalho de US$ 0,60, contra média de US$ 30/h na Alemanha, US$ 21 nos EUA e cerca de US$ 4,50 no Brasil. Resultado: dados compilados pela Comissão Européia revelam que a parcela de riqueza destinada atualmente aos salários é a mais baixa desde 1960 (o primeiro ano com dados conhecidos). Em contrapartida, a riqueza abocanhada pelos detentores do capital financeiro vinha batendo recordes seguidos até o colapso atual. A produtividade ao mesmo tempo não pára de crescer –desde 2001, cresceu 15% nos EUA e saltou em média 8% a 10% ao ano na China. Entre 1990 e 2004, a participação dos produtos chineses no total de bens importados pela AL cresceu de 0,7% para 7,8%. No mesmo período, a fatia dos produtos brasileiros na região subiu de 5,3% para 6,5%).

CM - O que o senhor está dizendo é que a tentativa de equacionar a crise a partir de sua manifestação financeira não basta ?
Chico - É isso. A contribuição de Chesnais à compreensão da dinâmica capitalista foi importante num outro momento porque os marxistas sempre tiveram dificuldade em lidar com a questão financeira. Mas a interpretação chesniana não dá conta da crise atual. É uma crise de realização do valor.

CM - 1930 também foi uma crise de realização do valor e se resolveu....
Chico - Uma crise de realização do valor circunscrita ao território das economias centrais. Ainda assim exigiu um Roosevelt; e uma Guerra mundial para ser contornada. Esse paralelo apenas reafirma a gravidade do que temos diante de nós; e o que temos é uma crise da globalização à 29; o ferramental dos anos 30 não dá conta disso.

CM - O receituário keynesiano?
Chico - As opções keynesianas valiam para uma economia fechada que podia conter a livre movimentação de capitais; hoje você precisaria de um dinheiro mundial para regular a parafernália financeira; socorrer déficits em conta corrente e harmonizar desequilíbrios comerciais etc. O dólar não é isso; o dólar é uma moeda hegemônica, não é o dinheiro único que o instrumenal keynesiano necessitaria para ter eficácia atualmente.

CM - Estamos diante de um longo processo de solavancos e limbo sem redenção...
Chico - Uma crise longa, dura, que exigirá reacomodação brutal de forças e vai impor mudanças em todo o mundo e no Brasil também. Mas não tenhamos ilusão: o capitalismo não chegou ao limite. Tampouco é o fim da associação China/EUA; de algum modo ela prosseguirá porque é proveitosa aos dois lados. Ademais, o capitalismo não se destrói, ele é superado, como o leitor atento de Marx bem sabe.

CM – Que espaço sobra para a periferia do sistema, caso do Brasil, entre outros?
Chico – Estamos emparedados entre a concorrência chinesa e a desordem financeira no coração do capitalismo. A crise nos pega no meio do caminho e, naturalmente, não podemos regredir e adotar um padrão chinês de salários de miséria. Alguns até gostariam, mas não dá, felizmente não dá mais e tentar seria uma calamidade social de proporções incalculáveis.

CM - Qual opção à paralisia, se é que existe uma - e viável?
Chico – Não existiu Vargas em 1930? A opção é uma soma de coragem política e investimento público pesado. Criar algo como cinco EMBRAERs por ano em diferentes setores; promover uma superação do modelo ancorado-o agora em forças sociais da base da sociedade. Carlos Lessa sugeria isso no BNDES, no começo do governo Lula; não deixaram...

CM - Mas o Brasil de Vargas não existe mais...
Chico - Para Getúlio também não foi fácil, mas ele fez. E fez à revelia da plutocracia mais poderosa do país; enfiou seu projeto goela abaixo da burguesia paulista e se firmou como um estadista da nossa história. A elite paulista jamais admitirá, mas ele foi o grande estadista do desenvolvimento nacional.

CM - Haveria espaço para esse salto nas condições do capitalismo do século XXI?
Chico - A crise é tão grave que abre um período de suspensão do hegemon; não sua derrocada, mas um hiato para lamber as próprias feridas. Isso tomará boa parte do tempo e das energias desse Obama, em relação ao qual, diga-se, não compartilho do otimismo de muita gente de esquerda. Mas o fato é que ele estará ocupado e com uma quantidade apreciável de problemas. Abre-se um espaço, portanto. Talvez até mais que isso: haveria uma potencial complementariedade de interesses se tivéssemos aqui um arranque de investimento público pesado. Isso de certa forma repercutiria positivamente no coração da economia norte-americana. Estamos diante de uma fresta histórica: uma suspensão do hegemon e um espaço de complementariedade para remar na mesma direção, o que poderá favorecer os dois lados a sair do buraco...

CM - Internamente a elite talvez não veja as coisas assim, como propriamente complementares, quando se associa crescimento a um arranque pesado de investimento público.
Chico – Nossa burguesia se transformou em gangue. Expoentes nativos são figuras do calibre de um Daniel Dantas ou esse Eike Batista que opera dos dois lados da fronteira boliviana; não se pode contar com protagonistas dessa qualidade para qualquer coisa, menos ainda para uma agenda de desenvolvimento. Não há saída por aí. Mas o Brasil também não teria saído da crise de 30 se Vargas fosse esperar a mão estendida da plutocracia de São Paulo, por exemplo. Ele ocupou o espaço e fez.

CM - Logo...
Chico – Logo precisaria reinventar o PT; um PT com a ousadia de um Kubitschek e de um Vargas; para fazer por baixo o que eles tentaram e fizeram por cima; um arranque do desenvolvimento induzido pela base social para mudar a economia e a sociedade. Cinco EMBRAERs por ano e ponto final.

CM – O senhor acredita nesse aggiornamento do PT?
Chico - Se depender de torcida para que aconteça tem a minha. A lógica de acomodação de forças que a crise mundial impõe é de dimensões tão brutais, tão inauditas que exige da esquerda brasileira um desassombro igualmente inusitado.

CM - E os recursos para esse ciclo de investimentos pesados?
Chico - O PT tem a base sindical e a base sindical tem o controle de todos os fundos de pensão (NR: os fundos de pensão aplicam apenas na dívida pública federal recursos da ordem de R$ 155 bilhões de reais). Então tem recursos para serem remanejados e repactuados com a base trabalhadora; dentro dela o PT desfruta igualmente de massa e representatividade.

CM - Essa é uma agenda para 2010?
Chico - É uma questão delicada para ser tratada num debate aberto; sem oficialismos de uns, nem preconceitos de outros. A história brasileira repete um impasse do desenvolvimento que não pode ser respondido com uma farsa porque seu resultado seria uma tragédia. Dessa vez o que se vislumbra como possível, repito, é fazer por baixo, com bases sociais existentes, e organizações disponíveis, aquilo que nos anos 30 e nos anos 50 se fez por cima: destravar o desenvolvimento e expandir o mercado interno. É preciso tratar isso com cuidado, insisto, sem oficialismos do PT, nem o sectarismo do Psol e do PSTU.

CM – A candidatura de Dilma Roussef pode oferecer a amarração a esse esforço?
Chico - Honestamente não conheço a ministra Dilma, exceto pelo que leio da má vontade explícita da mídia em relação a ela. Torço para que seja aquilo que amigos petistas dizem que é. Ou então, que seja alguém como o Gabrielli, o presidente da Petrobrás, que certamente também sabe o que está em jogo e as variáveis para sair da crise. Trata-se de articular uma coalizão de forças dentro da qual o PT seria o operador porque é quem tem massa e liderança eleitoral; os grupos à esquerda teriam seu papel de ponta-de–lança. O fundamental é ter um debate com muita abertura e sem preconceitos.

CM - Se a crise se agravar há risco de a oposição ganhar terreno e viabilizar uma vitória de Serra?
Chico - Serra antes de ser um personagem político é um caso psiquiátrico. Qual é o seu projeto afinal? É a obsessão pessoal e doentia pelo poder. Diante de uma crise da proporção que temos pela frente, porém, se você não avançar será soterrado por manifestações mórbidas. A pá de cal viria na forma de uma vitória tucana em 2010; aí sim estaríamos todos fritos. Eles ficariam aí por mais dez anos.

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