Manifestação da vereadora Sofia Cavedon:
Sr. Presidente, queria cumprimentar
com muito carinho a oradora que abre a semana da inclusão escolar na Câmara
Municipal. Semana esta que nós criamos, por meio da Lei nº 11.039/2011. Esta
lei foi assinada por mim, mas foi uma construção do Fórum pela Inclusão
Escolar, composto por entidades, por escolas públicas, por escolas privadas,
uma delas, a Frei Pacífico, que aqui está. Esta Câmara tem a alegria de receber
o colégio, a instituição Frei Pacífico, que é bem mais do que uma escola, é
clínica e ação social.
Queria cumprimentar a Juliane Emmert da Silva e, na sua
pessoa, cumprimentar todas as professoras, as mães, os pais, alunos, alunas e
funcionários que aqui estão. Também quero cumprimentar, na pessoa da Andreia
Cesar Delgado, que representa o Conselho Municipal de Educação, as demais
entidades que compõem o Fórum pela Inclusão, cumprimentar a Prof.ª Dineia, da
nossa rede municipal.
Eu diria que a nossa rede municipal é vanguarda, lidera
este movimento que defende a combinação da escola especial, mas uma escola que
se modifica, uma escola inclusiva, que faz intercâmbio e diálogo com as redes
como um todo. Ela ainda é uma escola necessária para a transição que esta
sociedade tem que fazer, para garantir a todos os alunos e alunas, a todos os
meninos e meninas, aos jovens estudantes a escola mais adequada para o seu
desenvolvimento pleno.
Eu não posso me alongar, mas, em relação à Semana, eu
quero dizer que nós temos uma exposição das escolas especiais, das instituições
no hall de entrada. Teremos, na Câmara Municipal de Porto Alegre uma quarta
temática; teremos, na quarta à noite, um seminário, já a segunda edição do
seminário. Quero encaminhar dizendo que a Escola Frei Pacífico nos dá uma
grande lição: é a sociedade que tem deficiência, não são as pessoas que têm
deficiência.
Nós precisamos alterar a sociedade por conta disso em relação à
acessibilidade física, cultura, discriminação, técnicas, currículos, enfim,
porque não é só a educação que tem que fazer a inclusão, pelo contrário, toda a
sociedade tem que ser diferente para acolher a diferença. Em relação aos
surdos, na verdade, nós é que não somos alfabetizados, porque a língua a que
nós estamos assistindo aqui é belíssima, é uma língua como é a portuguesa, como
são as demais línguas. E a defesa da escola bilíngue, onde a primeira língua é
a de sinais, a língua de Libras, é a defesa que fazemos de forma muito
veemente.
Quero parabenizar, então, essa militância, essa luta da Escola Frei
Pacífico junto com a Escola Salomão Watnick, no processo do CMET – Centro
Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire, que foi o primeiro que
acolheu turmas para alfabetização em Libras, uma linda história das surdas e
dos surdos na cidade de Porto Alegre. Obrigada e que seja uma
linda semana. Parabéns à Escola Frei Pacífico.