A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para uma Comunicação de Líder:
Os temas importantes que o Partido dos Trabalhadores quer registrar têm a ver,
sim, com a vitória da escola da querida Jussara Cony, mas têm a ver também com
o carnaval – bonita festa popular – no País e, em especial, com que a Ver.ª
Mônica traz. Nós aqui queremos reconhecer que a sua veemência é a veemência que
tem que ser de todos nós. É criminoso o gestor achar que pode continuar não
nomeando, não exigindo integração de polícias e, talvez, a sociedade imaginando
soluções, como os egressos do serviço militar estarem policiando as ruas. A
perda da vida é a falência de um país, de um estado, de uma cidade. A perda da
vida é a falência de um gestor, porque sequer a vida é mantida, é protegida,
para que as demais políticas públicas?
Mas Ver. Engº
Comassetto, Ver. Alberto Kopittke, Ver. Marcelo Sgarbossa e Ver. Mauro
Pinheiro, eu preciso aqui fazer o registro dos 36 anos do Partido dos
Trabalhadores, cujo aniversário é nesta data: 10 de fevereiro. São 36 anos que
combinam e correspondem com a redemocratização deste País. É um Partido que
dirige esta Nação há mais de década, que cresceu na luta pela democracia
brasileira, que cresceu na resistência à ditadura, entre os intelectuais, entre
os trabalhadores, na busca dos direitos, na busca de um país mais igual, na
busca de um país sem violência, de um país que construísse uma sólida
democracia para superar as imensas mazelas resultantes da sua profunda
desigualdade, da formação de um povo brasileiro, no autoritarismo, na
discriminação na marginalização da grande massa do povo brasileiro, na
superconcentração de renda, de poder e de autoritarismo que é, infelizmente, a
história do povo brasileiro. A brava resistência deste povo que, entre outros
instrumentos, construiu o seu Partido, o Partido dos Trabalhadores. E que nunca
foi incorporado, como povo em luta social e de resistência, de fato, na
produção do Estado brasileiro, esse povo trabalhador e lutador.
E se o Partido
dos Trabalhadores hoje tem o seu maior líder – Lula – perseguido como se fosse
um bandido ou um fugitivo, talvez seja muito mais pelos seus méritos do que
pelos seus erros. E nós, aqui, aos 36 anos, jovens, nós reconhecemos que é um
partido que errou, e que na responsabilidade que construiu, dirigindo cidades,
Estados e este País, errou muitas vezes, mas certamente colocou o Brasil em um
outro patamar, em um outro caminho, em uma outra construção e que tem que
celebrar os seus feitos. Se hoje o Brasil gasta muito mais com políticas
sociais e tem uma forte rede social chegando à população que antes sequer tinha
alimento, deve-se também à história do Partido dos Trabalhadores.
A valorização
do salário mínimo, que descentraliza recursos, que democratiza recursos; o
Bolsa Família, que
chega às famílias mais desestruturadas, que vincula a
escola, que vincula a saúde; a expansão da formação da educação dos quatro anos
– este ano – até os 17 anos; a expansão do turno integral, a expansão dos
institutos federais, da formação técnica, tecnológica; a expansão do Ensino
Superior com a descentralização, com bolsas, com expansão de institutos
próprios; as quotas raciais, as quotas sociais, chegando, pela primeira vez,
essas vagas ao povo pobre brasileiro; a expansão dos programas construção de
programas potentes de moradia popular, que contabilizam a média de 1.500
moradias – mais de 3 milhões de moradias, na última década, chegando à população
mais pobre brasileira.
Então, essa história controversa de que a população
brasileira dotada de cidadania, de participação, de arejamento democrático
exige mais e exige aprofundamento, compõem a história dos 36 anos do PT. E, se
hoje, inclusive na própria carne ele corta, com alguns líderes presos, com
esquemas de corrupção que estão sendo desbaratados, é porque, sim, as
instituições brasileiras que forjam a democracia estão sendo fortalecidas, como
a Polícia Federal, Ministério Público e Judiciário. E, para frente,
aprofundamento da democracia, a construção da igualdade sonhada por quem montou
o Partido dos Trabalhadores, a construção da justiça social e de uma economia
para o povo é o rumo que nós queremos para este Partido. (Não revisado pela oradora.)