terça-feira, 2 de setembro de 2008

Pais e professores pedem guarda em escolas especiais

A ausência da Guarda Municipal em escolas especiais da Capital foi discutida pela Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (2/9). Pais, alunos, funcionários e professores das escolas municipais especiais Lucena Borges e Tristão Sucupira Viana estiveram na reunião.

Patrícia Zilmer, professora da Lucena Borges, explicou que, além da falta de segurança, há casos de fuga das crianças e adolescentes atendidas pela escola. “A retirada da Guarda da nossa escola é motivo de grande preocupação, em função da realidade dos nossos alunos”, disse. A diretora da Lucena Borges, Marta Pereira, também lamentou a situação: “Educação, saúde e segurança são direitos básicos que qualquer ser humano deveria ter. Até quando vamos ter que brigar por isso?”.

Agentes

Conforme o comandante da Guarda Municipal Nilo Botini, representando a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana (Smdhsu), a Guarda tem 563 agentes e atua em 423 postos de trabalho. “O efetivo é defasado. No último concurso, 42 pessoas foram chamadas. Apenas 28 se apresentaram, e algumas já saíram. Atendemos, em muitos casos, ocorrências no entorno das escolas”, informou.

Como sugestão da vereadora Sofia Cavedon (PT), presidente da Cece, foi agendada para quarta-feira (3/9), às 9h30min, uma reunião com o secretário municipal de Gestão e acompanhamento Estratégico, Clóvis Magalhães. Além das escolas especiais Lucena Borges e Tristão Sucupira Viana, serão convidadas para o encontro as escolas especiais Elyseu Paglioli e Lygia Averbuck, o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), a Associação dos Trabalhadores em Educação do Município (Atempa) e a Secretaria Municipal da Educação (Smed).

Tri

Problemas com o sistema de bilhetagem eletrônica (Tri - Transporte Integrado) dos ônibus também foram tema da reunião. Além da dificuldade para renovar o cartão Tri, os pais reclamaram da burocracia na utilização do cartão para acompanhantes dos alunos. Conforme as professoras das escolas especiais, as dificuldades com o cartão Tri têm diminuído a freqüência dos estudantes nas aulas.

Os pais explicaram que retornar sozinhos da escola com o cartão Tri de acompanhante, quando o aluno utiliza na ida o transporte disponibilizado pela Prefeitura, é um dos principais problemas. De acordo com Paulo Machado, da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), o direito de uso do Tri para acompanhantes foi projetado com o seguinte sistema: o usuário passa na roleta e depois o acompanhante passa, ativando o direito de uso para que este acompanhante possa retornar sozinho.

Será feito um levantamento do número de crianças usuárias do transporte da Prefeitura, para que, segundo Paulo, a EPTC possa solucionar a questão. A direção da EPTC também será informada sobre a necessidade de, em alguns casos, ter mais de uma pessoa cadastrada como acompanhante das crianças.

Fonte: Taidje Gut (reg. prof. 13614)/CMPA

Ouça: Escola especial pede contrataçăo de guardas municipais

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