terça-feira, 18 de novembro de 2008

Vila Nova quer reabertura de turmas na Alberto Torres

Em busca de soluções diante do fechamento de turmas do Ensino Fundamental na Escola Estadual Alberto Torres, duas comissões permanentes da Câmara Municipal de Porto Alegre reuniram-se na manhã desta terça-feira (18/11).

As comissões de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) e a de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) ouviram relatos da comunidade sobre filhos deslocados da instituição de ensino do Estado para outras escolas do município distantes cerca de dois quilômetros do local.

Liel Thomaz, representante do grupo de pais que se organizou para reivindicar a reabertura das turmas, criticou a decisão da Secretaria Estadual da Educação (SEC). “Preocupa-nos o aumento da evasão escolar que este ato pode causar", disse. "As crianças que se deslocam ficam suscetíveis à violência e a situações de pedofilia.” Ele estima que 80 alunos são prejudicados com a decisão. “Problemas políticos não podem afetar o ensino, por isso sugerimos a construção de uma escola municipal nesta região”, argumentou.

A presidente da Associação dos Moradores do bairro Vila Nova, Arlete Mazzo, destacou que a Escola Alberto Torres atende não só o bairro, mas também a alunos do Campo Novo. “As escolas do município ficam a mais de dois mil metros", declarou. "Com isso, muitos pais deixam de enviar filhos à escola por não terem dinheiro para passagem.”

Presidente da Cece, a vereadora Sofia Cavedon (PT) disse que há uma série de políticas “desastrosas” por parte do governo estadual e omissão do município. “Queremos entender o que está acontecendo", afirmou. "O Estado se retira do Ensino Fundamental e causa problemas sérios aos alunos.”

Já o presidente da Cedecondh, vereador Guilherme Barbosa (PT), relatou que houve diminuição nas vagas escolares e criticou a prefeitura. “Porto Alegre não pode ficar parada", alertou. "Mesmo que a decisão não seja do prefeito, ele não pode ficar passivo à questão.”

Mesmo sem fazer parte das comissões que se reuniram, o vereador Professor Garcia (PMDB), líder do governo na Casa, foi convidado pelos vereadores para interceder junto à Secretaria Municipal de Educação (Smed) para que a titular da pasta, Marilú Medeiros questione a decisão da SEC. “Queremos qualidade para a educação”, disse, ao informar também que estão previstos R$ 3 milhões para reformas de escolas municipais, mas não a construção de novas instituições.

Também ficou decidido na reunião que as comissões, junto com pais e professores, irão procurar a SEC para solicitar esclarecimentos. Liel Thomaz informou ainda que foi organizado um abaixo-assinado com mais de 700 assinaturas entregues à secretaria estadual e ao Ministério Público solicitando a reabertura das séries iniciais na Escola Alberto Torres.

Os vereadores Carlos Todeschini (PT) e Carlos Comassetto (PT) também participaram da reunião.

Fonte: Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)/CMPA

Ouça: Comunidade exige ensino fundamental em escola da Zona Sul

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