sexta-feira, 27 de junho de 2008

Seminário discute integração entre educação e saúde

Profissionais e gestores das áreas de educação e saúde participaram nesta sexta-feira (27/6) pela manhã, no plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal, da abertura do I Seminário Integrado de Educação e Saúde Coletiva. Promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Centro Universitário Metodista - IPA, Fórum Nacional de Educação das Profissões na Área de Saúde (Fnepas) e Escola de Saúde Pública, o evento foi apoiado pelas Comissões de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) e de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal.

Coordenando os trabalhos, a vereadora Sofia Cavedon (PT) destacou a importância do Programa de Saúde da Família (PSF) para as comunidades. Ela entende, porém, que Porto Alegre esteja vivendo uma crise nos PSF, que estão sob a gestão de uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip). "Não há estabilidade nem política de gestão." Alertando para a importância da inclusão escolar e das escolas especiais, Sofia disse que o seminário deve ter o desafio de propor a instalação de uma comisão municipal de integração do ensino com serviços de saúde. "Não há políticas públicas integradas na educação."

A vice-presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal, Maria Celeste (PT), afirmou que o seminário deve contribuir para a reflexão e reformulação nas práticas do Município. Ela defendeu a necessidade de se discutir políticas de prevenção em educação e saúde frente à falta de investimentos públicos nessas áreas e sugeriu que os participantes, ao final do encontro, produzam um documento que possa ser entregue ao gestor e aos candidatos ao cargo de prefeito nas próximas eleições.

"O parlamento tem papel fundamental de acolher debate necessário para que nossas políticas públicas avancem", considerou Miriam Dias, da Escola de Saúde Pública (ESP). Ela antecipou ainda que as obras da escola técnica do SUS, que será ao lado da ESP, estão quase concluídas.

Também participaram da abertura representantes do Conselho Municipal de Educação, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), do Centro Universitário Metodista IPA, do Núcleo do Ministério da Saúde do RS e da Secretaria Municipal da Saúde.

Educação popular

Para falar sobre educação popular, Patrícia Dorneles, professora do IPA e consultora do Ministério da Cultura, apresentou experiência de trabalho em que desenvolve a relação entre educação popular, cultura e saúde com adolescentes em situação de vulnerabilidade social, a pedido da Coordenação de DST/Aids de Santa Catarina, em 1997.

Maria da Graça Hoefel, da coordenação da Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde, apresentou o projeto Vidas Paralelas, ação compartilhada nas áreas de saúde e cultura na qual os trabalhadores brasileiros devem documentar suas vidas profissionais e colocar em rede para outros trabalhadores. "O objetivo é construir um espaço de reflexão, problematização e diálogo entre trabalhadores de diferentes categorias profissionais", observou, destacando que o projeto piloto envolve 648 trabalhadores de 24 categorias. "É uma forma de a Saúde do Trabalhador conhecer o ambiente de trabalho e pensar nas políticas públicas".

Fonte: Carlos Scomazzon (reg. prof. 7400) e Taidje Gut (reg. prof. 13614)/CMPA

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