As Comissões de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh) e de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal visitaram, na tarde desta terça-feira (24/6), a Escola Estadual Professora Gema Belia. Os vereadores discutiram com a comunidade do Bairro Jardim Carvalho a decisão do governo do Estado em destinar área adquirida pela Secretaria Estadual de Educação (SEC) para construção da Academia Integrada de Segurança Pública (Acisp), vinculada à Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado.
Atualmente, a Gema Belia funciona em um prédio alugado com área de 11 mil metros quadrados. A área adquirida pela SEC, que seria utilizada para construção de um novo prédio e ampliação da escola, tem aproximadamente 25 mil metros quadrados.
Na última reunião conjunta das Comissões para tratar do tema foi informado que, de acordo com a nova proposta do governo, a Academia de Polícia será construída ao lado da Gema Belia em uma área total de 19 mil metros quadrados, restando apenas 5 mil metros quadrados para a direção da Escola efetivar as reformas.
“Já fui a várias audiências, mas agora queremos tratar da escola e atender os alunos que precisam. O que mais podemos fazer, se eu vejo vários políticos passarem pelo poder e nada acontece?”, lamentou a diretora Maria Glaci de Barros Ortiz. Há 16 anos o prédio da Gema Belia é alugado, e podem ser feitas somente pequenas reformas que não modifiquem sua estrutura.
Elizabeth Masera, do Núcleo de Apoio e Defesa da Criança e do Adolescente da região Leste, informou que a comunidade entrará na Justiça para retomar a área para a escola. “Concomitantemente à luta política, temos que lutar judicialmente. Não somos contra a Academia”, observou, destacando que outras áreas onde a Acisp poderia ser construída já foram indicadas ao governo.
A vereadora Sofia Cavedon (PT), presidente da Cece, garantiu que a questão da Gema Belia será tratada durante reunião com o secretário estadual da Segurança Pública, José Francisco Mallmann, nesta quarta-feira (25/6), às 15h. “A comunidade já teve muitas perdas. Entendemos que a educação é fundamental. Sem educação não há segurança”, disse, lamentando a ausência de representantes do governo. “Mais uma vez, vemos uma escola estadual em situação precária.”
Fonte: Taidje Gut (reg. prof. 13614)/CMPA
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