domingo, 21 de setembro de 2014

Hoje a educação é a chave mestra

SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Mauro Pinheiro. Srs. Vereadores e Sras. Vereadores, agradeço a Liderança do nosso Partido e volto mais uma vez ao debate da educação no Brasil. Estava hoje numa reunião importante, ao meio-dia, com professores universitários das várias redes, públicas e privadas, institutos federais, Universidade Estadual. E havia uma unanimidade muito importante no sentido de celebrar os melhores índices que o Rio Grande do Sul hoje ostenta, de posição, de resultado do desempenho dos alunos a partir do investimento profundo no debate educacional, na formação dos professores, na mudança curricular, que é uma marca muito importante, este diálogo entre universidade e escola que não só aqui no Rio Grande se faz, porque hoje todas as universidades públicas e privadas, as universidades chamadas comunitárias, fazem a formação em serviço permanente dos professores.

E não só isso, também há um programa fundamental que se chama PIBID, que é um programa de integração universidade-escola, programa financiado pelo Governo Federal que concede bolsas para alunos em formação nos diferentes cursos na universidade, para realizar projetos na escola pública. E mais: dá um suporte para professores que assumem a coordenação, lá na escola pública, desse projeto. Esse projeto PIBID, de aproximação escola-universidade, para nós também é um fator muito importante de transformação curricular não só da escola, também é um processo que começa a encharcar a escola da sua responsabilidade com a mudança da educação básica. Não basta, na educação básica, haver o esforço de pesquisa dos alunos, de integração de áreas na escola, de trabalho integrado dos professores dentro das áreas, se a universidade não transformar o seu currículo, a formação dos professores. Nós celebramos este movimento, que tem que se aprofundar, avançar, de aproximação da universidade na escola.

Também os professores registravam a importância do alargamento do ingresso no Ensino Superior, universidades públicas que já viveram períodos de quase privatização, de absoluta falta de recursos, hoje têm outros problemas. Nós, que andamos acompanhando a Universidade, vimos as filas do RU, que dobram a esquina no RU da UFRGS, o que demonstra que a Universidade multiplicou o número de vagas, nos diferentes horários inclusive, ampliando gradativamente os cursos noturnos, o que é muito importante. Havia uma resistência, uma cultura, uma lógica nas universidades federais, que antes eram só para os filhos das classes mais abastadas do Brasil, em função da lógica perversa do puro vestibular. Hoje, o avanço gradativo das cotas da UFRGS – irá para 40% no ano que vem – e o Reuni trazem uma expansão, originando novos problemas para a Universidade. Traz uma inclusão, traz atores novos pesquisando, negros, alunos e alunas oriundos da Escola Pública pensando o conhecimento, pensando as diferentes áreas. Mas também faz com que o Brasil seja muito mais igual, faz a criação de uma massa crítica.

Pela primeira vez, nós celebramos, Vereadores do PT – Alberto, Comassetto, Sgarbossa –, porque esta será a primeira eleição em que teremos mais pessoas formadas no Ensino Superior do que analfabetos votando. Então, a educação brasileira é a educação que, de fato, é, pode e vai fazer com que a experiência democrática seja uma experiência muito mais qualitativa, aprofundada, séria, consistente. Que, de fato, a democracia deste Brasil seja uma democracia produtora, cada vez mais, de direitos, de igualdade, de fraternidade e da cultura de paz.

Então, essa reunião importantíssima de educadores e educadoras das universidades indicou que o caminho que o Brasil trilha a partir da educação é um caminho que não pode ter volta. Quero aqui, em nome do PT, dizer isto: a educação hoje é a chave mestra. E não é mais só discurso, ela é de fato. A gente sempre se acostumou a ouvir que a educação é a chave de tudo no Brasil, agora a educação está sendo a chave de tudo, incluindo, nesses relatos que dei, o Pronatec, a mudança da formação na Medicina, o alargamento dos cursos de Medicina – da entrada na Medicina e da Residência, porque hoje ficam muitos fora da Residência. Tudo isso vai mudar a face deste Brasil, e este caminho não pode ter volta. (Não revisado pela oradora.)

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