quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Inclusão Escolar - Estratégias de convivência foi o último tema debatido

O doutorando em Educação e professor da EMEEF Elyseu Paglioli, Marco Aurélio Freire Ferraz, apresentou um recorte da sua dissertação de mestrado, de como os alunos produzem as estruturas de convivência na história deles. “As noções básicas da escola eles sabem. A lógica da normalidade é mais difícil para eles entenderem”, afirmando que “precisamos ouvir mais os alunos com deficiência. Ouvimos os professores, os alunos e demais segmentos, mas não escutamos os alunos, que têm muito a contribuir com o sucesso deles na escola e na vida”.

Segundo a diretora da Atempa e professora da EMEF Presidente Vargas, Anabel Cogo, a inclusão para ela é um fato e na sua escola acontece. Anabel apresentou o processo de inclusão escolar que se realiza na Presidente Vargas, há oito anos. Ela defendeu a manutenção das escolas especiais, pois muitos alunos, especialmente os que apresentam múltiplas síndromes, necessitam estar em espaços mais adequados.

O promotor de Justiça, Miguel Granato Velasquez , especialista em Direito Comunitário e Infância e Juventude, apresentou a orientação constitucional referente a escola inclusiva, onde determina que as pessoas com deficiência têm direito a estudar em escolas regulares. “A comunidade escolar tem que estar preparada para romper preconceitos, conviver com a pluralidade e garantir tratamento igualitário respeitando as diferenças”, afirmou. Ele lembrou que os primeiros intérpretes na colonização brasileira foram as crianças. “Porque elas têm a facilidade de se comunicar, então por quê não incluir no currículo inicial o aprendizado em libras?” questiona o Promotor. Velasquez também defende a manutenção das escolas especiais, pois entende que o processo de inclusão escolar nas regulares não pode se transforma em modismo, sendo que muitos alunos podem não se adaptar nessa escola, destacou.

A 3ª edição do Ciclo de Debates sobre Inclusão Escolar abordou sobre a necessidade da construção de estratégias que garantam a inclusão escolar responsável. Nos cinco encontros realizados foram debatidos as Estratégias de Acessibilidade, Cidadania, Aprendizagem, Currículo e Convivência.

Iniciativa

O Fórum pela Inclusão Escolar e os Ciclos de Debates são iniciativas de um grupo de trabalho formado por representantes das escolas especiais do município, da Sala de Integração e Recursos (SIR), da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre, da Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa), Prefeitura Municipal de Porto Alegre e gabinete da vereadora Sofia Cavedon.

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