quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Edital do Concurso para a Prefeitura apresenta problemas

As faltas de indicação bibliográfica e de opção de horário para a realização de duas provas, constatadas no edital do Concurso Público que a Prefeitura de Porto Alegre publicou, está preocupando a vereadora Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) da Câmara Municipal.

Segundo ela a não indicação de referências bibliográficas pode causar inúmeros transtornos após a realização das provas. “Existem linhas teóricas da Educação muito diversas que podem acarretar em interpretações diferenciadas e, conseqüentemente, o questionamento das questões”, salientou Sofia.

Ela pergunta: a Smed reconhece para o concurso a lista bibliográfica que contém o Caderno 9 – que é um documento oficial da Secretaria – no qual contém o Regimento Escolar Referência para Rede Municipal de Ensino (RME)?

Outro problema também revelado, diz a vereadora, é que o edital faculta a realização de concurso para dois cargos diferentes, mas o mesmo edital informa que as provas poderão ser no mesmo horário, tendo o inscrito ter que optar por um dos cargos. “Não é justo os interessados pagarem duas inscrições e só realizar uma prova”.

Retificação do Edital
Sofia propõe que a Secretaria Municipal de Administração retifique o edital novamente, indicando a referência bibliográfica e quais serão as provas que irão coincidir ou, por exemplo, possibilitando aos pretendentes a inscrição para as Séries e Anos Iniciais do Ensino Fundamental e também para uma disciplina específica, conforme a sua formação acadêmica.

A vereadora considera muito positiva e adequada a correção no edital publicada pela SMA no Diário Oficial de hoje (11/12) retificando a escolaridade nas exigências mínimas e/ou habilitação legal para o cargo de Professor de Educação Física.

“O dispositivo que solicitava além do diploma de nível superior não tinha amparo legal, nem apoio dos Conselhos Nacional e Estadual de Educação Física e não consta do Estatuto do Funcionalismo do Município”, destacou ela. Agora os interessados no cargo terão que apresentar somente o diploma de nível superior.

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3 comentários:

  1. Falta de bibliografia

    Vereadora Sofia, acho muito positiva o teu posicionamento quanto à falta de bibliografia no concurso para professor na prefeitura de Porto Alegre, pois nós, educadores e aspirantes ao cargo nos vemos numa "sinuca de bico". Só quem entende educação sabe, exatamente como tu colocaste, que existem várias correntes em educação, e isso pode gerar muitas divergências na hora de escolher a "alternativa correta". Não deixemos repetir o que aconteceu no concurso da Prefeitura Municipal de Gravataí, cujo concurso teve DOZE (isso mesmo, DOZE) questões anuladas por falta de bibliografia adequada. Sofia, os trabalhadores em educação contam com a tua força, sempre presente na nossa luta!

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  2. Sofia

    acho absurdo que fizeste a retificação do edital sem a necessidade do profissional de o educação física ser registrado no CREF. Além desse conselho fiscalizar, ele apóia o profissional quando o mesmo necessita e protege a sociedade contra maus profissionais. Acho que deste uma "bola fora".

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  3. Acho importante também registrar que o concurso de filosofia trouxe meras 5 linhas de descrição de conteúdos, termos gerais e sem qualquer referência bibliográfica. Resultado: pessoas afirmando que duas questões poderiam ser corretas, de adotada esta ou aquela corrrente teórica (diversidade de comentadores... filosofia não tem aconcenso). Ainda, as questões estavam mal formuladas, p. ex., a questão 74 tem enunciado vago; pergunta qual opção seria "verdadeira", tal ou tal... só que se vista formalmente (estrutura argumentativa), a resposta serai uma, se vista conforme conteúdo (quem leu o autor referido), a resposta era outra. Sem falar que não referiram à lógica em nenhum momento e cobraram formalização de argumentos (ou seja, ninguém era obrigado a saber: não é item de formação ordinária, o currículo da Unisinos ou La Salle não tem este conteúdo previsto). Acho triste que depois de tantos anos o retorno da filosofia se dê amparado por pessoas que sequer sabem o que é filosofia... não sabem o que perguntr e estão filtrando os profissionais que atuarão na educação básica. Abraço.

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