quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Inclusão Escolar: Segundo encontro debate a educação infantil e de jovens e adultos

Especialistas em educação participaram nesta quarta-feira (27/8) do segundo encontro do ciclo de debates "Inclusão escolar: práticas e teorias". Os temas tratados foram educação infantil e educação de jovens e adultos. O evento é uma promoção do Fórum pela Inclusão Escolar, Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) e Comissão de Educação (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre. Os debates foram dirigidos pela vereadora e presidente da Cece, Sofia Cavedon (PT). Outros três encontros serão realizados este ano (17 de setembro, 22 de outubro e 12 de novembro).

Educação infantil
A professora Janize Duarte relatou sua experiência com a educação infantil na Escola Municipal Vila Nova, onde é diretora. Destacou o trabalho de adaptação da escola para o acolhimento de crianças com necessidades especiais. Explicou que foi formada parceria com professores de escolas especiais que uma ou duas vezes por semana visitam o local e trocam experiências com os adultos que cuidam das crianças especiais. "A escola vai então se adaptando às necessidades do aluno para que a criança se sinta incluída. Mudou o olhar da escola para a inclusão."

Maria Carmen Barbosa, professora da Ufrgs, elogiou a idéia de uma escola que faz a opção de continuar aprendendo, sem se fechar em conceitos já estabelecidos. "A escola deve ver que é necessário continuar aberta a novos jeitos de incluir as crianças especiais. Esta idéia da escola como espaço social e cultural é importante numa sociedade como a nossa." Ressaltou ainda o fato de a escola não se limitar a ensinar as crianças, ampliando sua ação também em direção às famílias dos alunos especiais, ensinando-as a conviver com seus filhos.

Educação de jovens e adultos
A professora do Centro Municipal de Educação do Trabalho (Cmet) Paulo Freire, Dione Busetti, apresentou seu trabalho sobre educação de jovens e adultos reconhecendo que, no começo, teve de enfrentar o desconhecimento e o preconceito em relação aos alunos deficientes. "Nós, professores do EJA, nos anos 90, não havíamos aprendido a trabalhar com alunos especiais."

Dione observou que em suas pesquisas descobriu que toda a pessoa tem uma inteligência e que todos são capazes de aprender. Acrescentou que fez outras duas descobertas: não há um veredicto em termos de desenvolvimento humano; e o professor deve atuar como um mediador constante, desafiando permanentemente a inteligência dos alunos.

Uma reflexão teórica também foi apresentada pela professora da PUC/RS Maria Conceição Christofoli, que destacou a ampliação da diversidade como desafio da EJA. "A razão de existir a EJA é o acolhimento das minorias e da diversidade." Elogiou o trabalho do Cmet, que não só dá acesso aos alunos especiais como os ajuda a buscar seus espaço no mercado de trabalho. "O trabalho representa a autonomia do adulto com deficiência."

Fonte: Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)/CMPA

Leia mais: Fórum da Cece debate atendimento escolar especial

Retornar ao Blog da Sofia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário