Após a audiência realizada hoje (29/02) na Comissão de Educação da Câmara de Municipal de Porto Alegre (Cece), a Comissão de Pais e Alunos da Escola Argentina, inconformados com a ação de fechamento e com a ausência de representantes da Secretaria Estadual de Educação (SEC) na reunião, dirigiu-se ao Centro Administrativo em busca de uma agenda com a Governadora do Estado. Sofia, presidente da Cece, disse que a medida foi tomada frente à falta de diálogo imposta pela SEC que de maneira autoritária fechou a Escola.
Recebidos pelo Chefe da Casa Militar, Coronel Edson Ferreira Alves, foi encaminhado oficialmente o pedido de audiência com a Governadora e reiterada a inconformidade da comunidade escolar com a decisão, unilateral, da SEC. Mais tarde chegou ao encontro o diretor geral da SEC, Ervino Deon, informando que a decisão da Secretaria será mantida.
Para a Sofia existe uma absoluta falta de respeito por parte da SEC, confirmada pelo diretor, que afirmou que o fechamento da Escola “só foi comunicado no dia 22 de fevereiro porque estavam aguardando se sobrariam vagas na rede”. “Isso é pulverizar alunos! Desrespeitando a organização da família, desrespeitando os vínculos afetivos e pedagógicos tão necessários para o desenvolvimento das crianças”. Sofia lamenta que a atual gestão da Educação no Estado desconheça que para a qualidade do ensino o que se deve desejar são escolas menores e com condições adequadas, e não enormes e com turmas superlotadas.
Na audiência da Cece, além da inconformidade com a situação e as denúncias de autoritarismo da Secretaria, foram apresentados o laudo que aponta ausência de insalubridade, alegada pela SEC, e um abaixo-assinado, com 800 nomes da comunidade do entorno, contra o ato de fechamento da Escola Argentina.
Também ficou encaminhado o envio da ata da reunião ao Ministério Público Estadual e na manhã da próxima segunda-feira (3/3), dia em que seria o início do ano letivo, alunos, pais, comunidade e vereadores, estarão na frente da Escola protestando contra o seu fechamento.
Os pais de muitos alunos estiveram na reunião da Cece. Segundo alguns deles, as três escolas que receberiam os alunos teriam apenas 17 vagas no total. Eles destacaram ainda que, nas escolas próximas da região, foram informados de que só poderiam matricular seus filhos se "sobrassem vagas".
A escola, que até o ano passado funcionava em um prédio alugado pelo governo, foi fechada com a alegação da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande do Sul (SEC) de que as instalações são insalubres. Os alunos seriam remanejados para as escolas Marechal Floriano, Anne Frank e Otelo Rosa, conforme a preferência dos pais.
Presentes na audiência, presidida pela vereadora Sofia Cavedon os vereadores José Ismael Heinen (Dem) e João Dib (PP); a presidente do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), Simone Goldschmidt; o representante da Comissão de Pais, Maurício Lopes; a diretora da escola, Cecília Lorenzoni.
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