domingo, 7 de setembro de 2008

MEC anuncia mudanças no Ensino Superior e no Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2008), aplicado neste último final de semana no país, teve público recorde de participação, com mais 4 milhões inscritos. A conquista foi festejada ontem (01/09) pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, que esteve em Porto Alegre e adiantou que esta avaliação do Inep/MEC passará por reformulações em 2009.

Segundo ele, a idéia é que haja possibilidade de comparações de desempenho dos estudantes em relação à edição anterior da prova. 'Esse instrumento permite diagnóstico do Ensino Médio, mas ainda não podemos avaliar os resultados de um ano para o outro', explicou o ministro.

Alunos que fazem vestibular serão os maiores beneficiados pela mudança. Hoje, quem fez o exame em 2006 e quer prestar vestibular em 2008 não pode usar a pontuação do Enem, o que poderá passar a realizar. A mesma restrição prejudica quem busca bolsa de estudos do Programa Universidade para Todos (ProUni). O presidente do Inep/MEC, Reynaldo Fernandes, destacou que a comparação de dados já e possível no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

Outra alteração significativa no Enem, conforme Fernandes, é que a prova com 63 questões objetivas pode deixar de ser única para todo o país. O Enem avalia o desempenho dos alunos que estão concluindo ou que já concluíram o Ensino Médio. Desde a sua criação, o exame nacional foi pensado também como modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso aos cursos profissionalizantes pós-Médio e ao Ensino Superior.

Haddad anunciou ainda outras mudanças no setor, como alterações nas normas do Financiamento Estudantil (Fies) - nos cursos de mestrado e doutorado - e o pagamento da dívida para estudantes que optarem por carreiras do Magistério. Citou que cinco programas facilitam o acesso a cursos de graduação em instituições públicas e privadas: o Reuni, o ProUni, o Fies, o Programa de Apoio à Universidade Aberta do Brasil e a expansão de escolas técnicas brasileiras. Lembrou ainda que os cursos à distância terão 'sua qualidade avaliada', a exemplo dos de Direito.

Fonte: Edição de 02 de Setembro/2008 - Correio do Povo/Editoria Ensino

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